Quando os primeiros sinais surgiram no oriente de que o dia estava nascendo, Débora, juíza em Israel, estava pronta para a vitória. Ela sabia que Deus faria algo bem diferente daquilo que o seu povo já tinha visto: Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele (Sl 118.24 – ARA). Os israelitas deveriam se regozijar e se alegrar em Deus, pois Ele havia prometido que seriam bem-sucedidos.

Desde a vitória de Jesus sobre o diabo, quando despojou as hostes do Inferno da capacidade de nos desviar da obediência a Deus, passamos a ter poder para vencer toda a força do inimigo. Paulo falou acerca disso: E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo (Cl 2.15). Não há como o cristão perder uma só batalha, assim como não havia como Baraque ser derrotado. Creia!

Há três dias importantes na História da humanidade. O primeiro começou com a queda de Adão no jardim do Éden, quando a morte passou a reinar na Terra. O segundo nasceu com a Lei de Moisés, quando todos podiam viver livres da ação do inimigo ao cumprirem os requisitos da Lei. O terceiro raiou quando o diabo e os seus demônios foram despojados de autoridade por Jesus. Vivemos nessa época sem igual como vitoriosos.

Certa vez, alguns fariseus foram até o Mestre para avisá-Lo sobre o ódio de Herodes e “aconselhá-Lo” a sair da sinagoga onde ensinava, porque o tetrarca queria matá-Lo. Então, com a Sua calma peculiar, o Salvador disse: E lhes respondeu: Ide e dizei àquela raposa: eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e, no terceiro dia, sou consumado (Lc 13.32). O hoje foi o dia de Jesus aqui, no mundo; o amanhã significa o dia de Cristo fazer as mesmas obras por nosso intermédio; o terceiro dia será o do nosso arrebatamento.

Débora apressou Baraque, porque Deus já havia saído adiante dele. A advertência dela também nos diz respeito. Quando oramos e sentimos o “sinal verde”, devemos sair à luta, sem ficar “acertando” algumas coisas. Precisamos partir para o combate certos da vitória. Deus acertará o que for necessário, pois tem o poder para nos tornar vencedores. Ele nunca nos abandonará nem nos deixará. Baraque tinha de crer nisso, pois o restante o Senhor faria e fez!

Baraque creu nas palavras de Débora e desceu à batalha. A derrota de Sísera estava decretada: ele perderia a luta, seu exército seria dizimado, e o rei Jabim ficaria louco de raiva, vermelho de vergonha e falido para sempre, pois gastara todo o seu dinheiro naquilo que não era pão (Is 55.2). Como vencer o povo que tem o Todo-Poderoso à sua frente? Deus chamou as forças da natureza para dar a sua contribuição. Choveu terrivelmente, e o ribeiro de Quisom inundou o vale!

Débora foi com Baraque à peleja e viu a mão de Deus fazer proezas. O vale se encheu de água, os carros de ferro do inimigo foram imobilizados, os cavalos racharam os cascos e os soldados da artilharia cananeia morreram naquelas águas furiosas. Jael, mulher de Héber, destruiu Sísera apenas com uma estaca (Jz 4.21; 5.20-22).

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares