“E os espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és Filho de Deus” (Mc 3.11).
Desde a queda no jardim do Éden, o diabo agia aqui em nosso mundo como se dele fosse o dono. Usava as pessoas, criadas à imagem e semelhança de Deus, para a realização dos seus mais sujos propósitos. Ninguém o combatia. Era como se ele fosse intocável, ou, na opinião de alguns teólogos modernos, não existisse; como se o mal fosse o próprio homem. Até que, em Belém de Judá, nasceu o Prometido, Aquele que tinha como missão destruir as obras do diabo, o pecado, a doença e todo o tipo de sofrimento, libertando completamente das garras do diabo o homem, que, por um único ato, porém consciente, tornara-se escravo do maligno. Cristo iniciou uma nova era, a partir da qual a obra de Deus deveria ser feita conforme o modelo exibido. Contudo, a lição não foi seguida, e a transformaram em mais uma religião.
Antes de Jesus – Durante quatro mil anos, pessoas iguais a nós viveram sem ter a oportunidade de se livrarem da ação dos espíritos malignos. Eles agiam impiedosamente, fustigando as pessoas com todo o tipo de sofrimento. A única maneira de se escapar da incessante ação dos espíritos maus era obedecer completamente à Lei de Moisés, o que era praticamente impossível. Não havia jeito: o pecado trouxe a morte – a natureza de Satanás-, a qual passou a todos os homens, pois todos pecaram em Adão. O apóstolo Paulo garantiu que a morte reinou aqui, neste mundo (Rm 5.14,15). Homens santos de Deus, pagando um preço altíssimo, viveram piedosamente e profetizaram que um dia isso teria fim. Isaías afirmou: Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará a luz à um filho, e será o seu nome Emanuel (Is 7.14). Emanuel, que significa Deus conosco, era tudo que o homem precisava; Deus viria habitar com ele de novo.
A jovem Maria, escolhida para trazer ao mundo o nosso Salvador, ao ouvir o Santo Espírito falar a ela por meio de Isabel, profetizou: (…) depôs do trono os poderosos, e elevou os humildes; encheu de bens os famintos, despediu vazios os ricos (Lc 1.52-53).
Nos dias de Jesus – Ele veio para cumprir a vontade de Deus. Logo, ao iniciar o Seu ministério, deixou claro ao diabo quem iria mandar aqui. Em todos os lugares Ele anunciava às pessoas que o Reino de Deus havia chegado. Convidava aqueles que estavam sofrendo de qualquer mal para se dirigem a Ele, garantindo-lhes que seriam libertos.Creditava o poder e autoridade que possuía à unção do Santo Espírito sobre Sua vida. Para Ele, o que fazia a diferença era crer em Deus, pois, ensinava que tudo é possível ao que crê. Os espíritos malignos, ao vê-Lo, prostravam-se, diante dEle e O confessavam como o Cristo, o Filho de Deus. Ele simplesmente os repreendia e mandava que se calassem.
Que dias maravilhosos eram aqueles na face da Terra! Pela primeira vez, o homem não precisava mais temer o inimigo; os doentes tinham a quem recorrer e os sofredores eram libertos, pois a mão poderosa do Senhor Deus estava sobre todos. A fé era o único meio de as pessoas se aproximarem de Deus, e serem atendidas com eqüidade. Elas se sentiam grandes, pois podiam viver livres de temores, planejar o futuro e servir a Deus verdadeiramente.
Antes de voltar ao céu, de onde viera, o Senhor reuniu os Seus discípulos – Seus alunos, que passaram três anos a Seu lado aprendendo a fazer a obra do Pai – e lhes disse: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão (Mc 16.15-18).
Estava feito. Os discípulos deveriam ir para todos os lugares e anunciar as Boas Notícias às pessoas: O Reino de Deus havia chegado. O diabo estava envergonhado; ele não foi vencido somente naquele momento da crucificação, pois a obra é eterna. Os seguidores dAquele que o derrotou passaram a informar ao mundo que o cativeiro havia acabado, os doentes podiam ser curados pela fé em Jesus, os problemas resolvidos unicamente crendo-se na Palavra de Deus. Eles receberam o poder quando o Espírito Santo desceu sobre eles.
Nos nossos dias – O ministério do Senhor Jesus deveria estar repetindo-se hoje. Homens e mulheres chamados pelo Senhor Deus deveriam, em todas as partes, fazer a vontade do Senhor; não só os pregadores, mas todos aqueles que ouvem atentamente as Boas Novas. Mas não é o que se vê.
A missão do Senhor foi tristemente transformada em religião, poder secular e político. Por todo mundo, o diabo tem conseguido enganar uma série de pessoas a quem o nosso Deus tem chamado, salvado, santificado, preparado, ungido e enviado a fazer Sua obra. Eles começam bem, mas o arquiinimigo coloca em seus corações que, atualmente, as coisas são diferentes; já não se pode fazer o mesmo que o Senhor Jesus fazia; o homem mudou; os demônios são figuras de retórica, e, portanto, não devem ser expulsos. Que tragédia!
Que decepção tem sido para o Senhor Deus ver aqueles que deveriam ser representantes do Senhor Jesus, diante dos quais os espíritos malignos se curvariam reconhecendo a soberania do Evangelho, estarem promovendo esses seres derrotados, enlameando o Nome do Senhor com suas atitudes sujas e erradas. Os escândalos se sucedem, o poder político está corrompendo desde as mais baixas às mais altas lideranças do povo do Senhor. A estes nunca é demais lembrar a advertência do Senhor Jesus: Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem (Mt 18.7).
Um apelo – Meus prezados irmãos em Cristo, neste ano, teremos eleições. Serão muito tentadoras as oportunidades que o mundo oferecerá. Ser alguém diante dos homens é fascinante. Mas, se quiserem agradar ao Senhor, esqueçam as propostas do príncipe deste mundo. Que cada um fique na vocação em que foi chamado. Não é hora de nos promovermos, mas de promovermos o Reino de Deus. Essa é a nossa oportunidade de fazer com que os demônios voltem a prostrar-se diante do nosso Salvador. Temos uma missão muito mais elevada a realizar do que ficar brigando pelo poder político que, mais cedo, ou mais tarde, acabará. Mas aquele que fizer a vontade do Senhor ficará para sempre. É hora de fazer os demônios voltarem a curvar-se diante do nosso Senhor.
Acorde povo do Senhor. A lição deve ser assumida e feita da maneira que Ele nos ensinou. Se Ele quisesse, teria sido coroado rei de Israel, mas preferiu sofrer nas ruas pregando a Verdade e libertando o povo a ser colocado no palácio para “gerir” as coisas desta vida. Por causa da Sua obediência foi promovido o Rei dos Reis. Para aqueles que se decidem a fazer unicamente à vontade de Deus, o Senhor Jesus informa: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28).
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