“Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas aborreço, isso faço” (Rm 7.15).
Muitos filhos de Deus vivem um grande dilema. Quando estão sóbrios, desfrutam da presença de Deus na vida e sabem que não devem praticar certos atos. Na verdade, quando os praticam, sentem-se as pessoas mais miseráveis de toda Terra. Com o coração cheio de tristeza, arrependem-se verdadeiramente, prometendo ao Senhor que jamais voltarão a cometer o erro.
No entanto, quando a tentação chega, com seus desejos e clamores, simplesmente, não conseguem resistir e caem novamente. O que há de errado com essas pessoas?
No versículo citado acima, Paulo faz uma confissão espantosa. Ele, o grande apóstolo, demonstrou, pelo que escreveu, ter vivenciado o mesmo drama que muitas pessoas têm experimento.Entendemos que esse é um problema comum a todos os filhos de Deus por estarmos ainda na carne. Alguns um pouco mais, outros um pouco menos, mas de modo geral, todos temos de lutar contra nossa natureza humana.O capítulo sete de Romanos nos ajuda a entender melhor esse assunto. Abaixo encontram-se alguns personagens bíblicos que servem para ilustrar a realidade e facilitar nossa compreensão de como lidar com problema.
Saul, um caso extremo – Percebemos na vida de Saul, o primeiro monarca de Israel, a que extremo pode chegar uma pessoa. Por isso reprovado pelo Senhor para que não continuasse a reinar sobre o povo de Deus, por causa da desobediência e de suas contínuas ações más, um demônio se apossou dele, fazendo-o tomar atitudes muito estranhas. Tudo começou quando as mulheres de Israel – felizes com o surgimento de um novo herói, Davi, que foi instrumento de Deus para Livrar aquela nação entoaram cantos em réplica, cujas letras que Davi fizera dez vezes mais do que Saul (I Sm 18.7). O rei então enciumado, decidiu tirar a vida de Davi: E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita. E Saul atirou a lança, dizendo: Encravei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes (I Sm 18.9,11).
Davi não resistiu – Há uma mancha no caráter daquele que o Senhor Deus chamou de um homem segundo o Seu coração.
Davi, o segundo rei dos hebreus – aquele que teve seus feitos heróicos entoados em versos-, em uma certa tarde, ao despertar do sono pós-almoço, foi dar um passeio na varanda de sua casa. De lá, viu uma mulher bonita e descuidada, que se banhava ao ar livre. O rei Davi não se conteve e não mediu esforços para possuir aquela mulher. Como sempre acontece – e a Bíblia disso nos adverte-, um abismo chama outro abismo (Sl 42.7a), de modo que o desfecho de tal ato foi a morte vil (arquitetada com requintes de extrema maldade pelo próprio Davi) do marido daquela mulher, e a reprovação de Deus na vida do ungido do Senhor.
Pedro se acovardou – No momento em que o Senhor Jesus avisou Pedro que o diabo havia pedido para ciranda-lo, peneira-lo, dar voltas ao seu redor (Lc 22.31), o discípulo não acreditou na advertência, caindo no pecado de chamar o Senhor de mentiroso (I Jo 5.10). A seguir, Pedro ainda cometeu outro erro: negou, por três vezes, conhecer o Senhor Jesus, temendo por sua vida-inclusive, ele garantira estar pronto até para morrer pelo Senhor (Mc 14.31) e demonstrara isso ao decepar a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote (Jo 18.10).
Nunca o lançarei fora – Muitas pessoas, por não terem um conhecimento mais profundo da Palavra de Deus, caem, quando passam por situações semelhantes. Algumas se voltam par Deus e, com o coração amargurado e contrito pedem-lhe perdão, e certamente o obtêm. Tais pessoas conseguem superar o problema, voltando à comunhão com o Senhor. Outras, porém, mesmo tendo o testemunho interior do Espírito Santo a respeito de seus erros, sentem remorso, mas não se arrependem. Taís pessoas agem como Judas Iscariotes, que também tinha consciência do seu erro, mas não se arrependeu afastando-se de Deus a ponto de suicidar.
O verdadeiro Evangelho do Reino dos céus tem de ser pregado com toda a profundidade de sua pureza. É preciso diferencia-lo da Lei. Não se pode passar por cima de declarações tão esclarecedoras que partiram dos lábios do Senhor Jesus: Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora (Jo 6.37).
Cristo disse que, de modo algum, Ele lançará fora quem O tenha procurado, podemos alegrar-nos e gritar a plenos pulmões, como fez o apóstolo Paulo, dizendo: Quem nos separará do amor de Cristo?A Tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem potestades, nem o presente, nem o provir, nem a altura, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! (Rm. 8.35,38,39).
Todo aquele que, um dia, ouviu a voz de Deus e aceitou ao Senhor Jesus Cristo como Salvador e Senhor, pode e deve afirmar diante de qualquer insinuação do inimigo, que é impossível ser separado do amor de Deus que está em Cristo Jesus.
O diabo não pode nem conseguirá – A falta de conhecimento das revelações feitas pelo Senhor Jesus permite ao maligno enganar muitos filhos de Deus. Há alguns, genuinamente salvos, que vivem derrotados, considerando-se caso perdido por não saberem que tudo isso que sentem é pura invencionice do inferno, é mentira e não passa de um pesadelo espiritual.
A pessoa que erra realmente fica em posição espiritual desfavorável, podendo ser atacada por Satanás com todo o tipo de sofrimento, desde uma dor moral até um mal físico, financeiro, familiar, etc. Entretanto, essa pessoa jamais poderá ser arrancada das mãos do Senhor Jesus. Ele garante: As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou lhes a vida e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos (Jo 10.27,28). Todos os que, um dia, ouviram a voz do Senhor e O seguiram estão incluídos nessa declaração. Verdadeiramente, este é o motivo de grande alegria, pois nem mesmo o próprio diabo conseguirá arrancá-los de Deus.
Possivelmente, alguns ainda poderiam ficar indecisos quanto à questão de haver alguma possibilidade de serem arrancados das mãos do Senhor, por isso, Cristo foi mais claro, ao afirmar: Meu pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai (Jo 10.29).O que você diz?
A sinceridade de Paulo – O apóstolo não demonstrou fraqueza ao fazer-se transparente, revelando a luta interior que tratava a respeito do pecado. Paulo demonstrou que isso é comum a todo ser humano, mas há um escape: Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça (I Jo 1.8-9).
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