Além de ter feito uma aliança com Abraão, dizendo que ele seria pai, Deus lhe revelou: Então, disse a Abrão: Saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos (Gn 15.13). Depois desse tempo, sairia com grandes riquezas. Ora, o patriarca havia reclamado que não tinha filho e que o herdeiro dele seria o mordomo, Eliézer. Sara, já com 76 anos, sugeriu ao marido que gerasse um filho com Agar. Assim, nasceu Ismael, mas ele não era o planejado pelo Senhor! Para melhor entendimento desses acontecimentos, leia todo o relato nos capítulos 15 e 16 de Gênesis.
Abraão andava meio desgostoso, pois já fazia 13 anos que a promessa lhe tinha sido feita, e o Senhor não a cumpria. As Escrituras falam da revelação dada a ele pelo Altíssimo: Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito (Gn 17.1). Faltava cumprir duas condições!
O patriarca não deveria ter aceitado Agar como mãe do filho da promessa, pois este teria de vir de Sara. Ele não foi perfeito e, por isso, não andou na presença divina. Sem dúvida, precisamos buscar o Senhor na Sua Palavra, com orações, jejuns e louvores. O Altíssimo lhe reafirmou a aliança, dizendo: E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente (Gn 17.2). Foi em um encontro com Deus que Jacó, seu neto, conseguiu mudar a si mesmo e Esaú (Gn 32.22-32).
Ao ver que o Senhor mostrou a Abraão o motivo de não ter sido atendido em relação ao filho, o patriarca concordou, prostrando-se diante de Deus: Então, caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo (Gn 17.3). O Pai celestial não gosta de ver Seus filhos no pecado, porém sabe que eles ainda não são perfeitos, por isso emprega a Sua longanimidade – bondade esperançosa –, aguardando o tempo certo de se consertarem.
Quando Abraão se colocou diante de Deus, estava dizendo que faria tudo para andar na presença divina e ser perfeito. Então, o Senhor clareou o pacto entre eles: Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações (Gn 17.4). Aquilo alegrou o coração do patriarca, pois a aliança fora confirmada, e ele podia estar certo de que o filho chegaria em breve. Deus nunca teve problemas; nós, sim!
Naquele momento, Abraão viu que a bênção de ser pai duraria por muitos anos, embora já estivesse amortecido. Depois que morreu Sara, ele se casou com Quetura, que significa incenso. Eles tiveram seis filhos, os quais foram chefes árabes (Gn 25.1-7). Provavelmente, nasceram-lhes filhas, mas a Bíblia não as menciona. As dádivas concedidas pelo Todo-Poderoso jamais serão retiradas, a menos que deixemos o maligno roubá-las.
Veja o que Abraão perderia se não andasse com Deus e fosse perfeito: agir como o dono do que constava na Aliança. O Senhor ainda declarou: E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti (Gn 17.7). Entre na Aliança de Deus e seja uma bênção!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Senhor, Cumpridor da Aliança! Quando Tu nos propões algo, podemos assumi-lo, porque tudo já está preparado para nós. Devemos crer em Ti e fazer o que tens ordenado. Sem dúvida, não seria bom que o Teu plano ficasse vazio por nossa causa!
Colocaste Abraão à prova em Ur e, como ele foi aprovado, chamaste o Teu servo para iniciar a redenção do homem, separado de Ti na queda de Adão. Do patriarca sairia a Semente da mulher, a qual riscaria a cédula contrária a nós, tirando-a do nosso meio. Que obra engenhosa!
Só Tu poderias ter idealizado tudo isso; afinal, és o Deus Todo-Poderoso, sem qualquer deficiência. És o nosso Pai, que tem desenhado um lindo plano para quem ouve o Evangelho e o aceita, podendo desfrutar da boa e perfeita salvação!