Abraão teria de cumprir a sua missão. Então, por que não iniciá-la cedo de manhã, quando a alva começava a aparecer? Que saibamos partir antes dos raios do novo dia surgirem sobre o nosso solo, para que nos encontrem no caminho ordenado por Deus. Que o sono nunca nos faça perder um minuto do nosso bom tempo para servir ao Senhor, fazendo a nossa parte.

O amigo de Deus colocou a sela sobre o jumento, aprontando-se para ir ao lugar determinado. Ele desconhecia a razão de ter de sacrificar seu próprio filho, mas, como confiava no caráter do Senhor, não discutiu. Deixe-me dizer: nunca houve nem haverá um caso igual a esse. Portanto, se alguma voz mandar você imolar alguém, repreenda-a, porque é o diabo tentando enganá-lo. O sacrifício perfeito já foi feito: Jesus (Hb 10.12).

Ele escolheu dois dos seus servos que serviriam como testemunhas do que aconteceria no monte Moriá. A Palavra diz que, com duas ou três testemunhas, todo o negócio se estabelecerá (Dt 19.15; Mt 18.16). Nunca devemos partir para realizar a obra sem termos, pelo menos, duas promessas avivadas, visto que, no combate, necessitamos das ferramentas que nos darão a autoridade para agir.

Era mais fácil para Abraão levar um machado para cortar a lenha – pedaços de madeira – que havia em todo o lugar. As promessas colocadas à nossa disposição precisam estar preparadas de antemão, a fim de que possamos usá-las nos momentos certos. Porém, ali, elas representavam somente uma sombra do que deve nos acompanhar hoje. As palavras do homem são irrelevantes; logo, considere apenas a orientação divina.

Após ter organizado tudo, o patriarca começou a caminhar. Assim como ele, afine-se com o Senhor, pela Sua Palavra, e vá ao local indicado. O servo de Deus só saberia qual era o monte escolhido quando chegasse lá. Com isso, aprendemos que não importa para onde Deus envia uma pessoa; se Ele prometeu acompanhá-la, ela reconhecerá o lugar da sua bênção.

Abraão, os moços e Isaque caminharam durante três dias. Onde eles passaram as duas noites antes de chegarem a Moriá e sobre o que conversaram? Será que oraram, louvaram a Deus? Provavelmente sim, mas isso não nos foi revelado na Bíblia. No entanto, eles seguiram a direção divina. Como estava o coração de Abraão, sabendo qual seria o desfecho? O que diria a Sara sobre o ocorrido?

Perdemos várias bênçãos por vivermos longe da presença de Deus. Andamos como se Ele não cuidasse de nós. Nem sabemos o que fazer, depois O culpamos por tudo o que acontece. Ora, se vivêssemos diante dEle, os resultados seriam outros. 

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares