José aprendeu bastante com o seu pai, que via um propósito do Senhor nesse filho, mesmo sem entender qual era. Ficava evidente que os sonhos de José vinham dos Céus. Jacó não só reconhecia tal fato, como também o amava. Quanto a isso, as Escrituras revelam: E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores (Gn 37.3). Seus irmãos o invejavam, e isso não era bom. Deus havia de prepará-lo para uma grande obra!

Em todos os acontecimentos da nossa vida, a mão do Senhor está nos preparando para as tarefas nas quais Ele deseja nos usar. Portanto, jamais devemos nos entregar ao erro, pois o inimigo comanda qualquer situação anormal. Faça tudo o que vier à sua mão segundo o que sente pelas Escrituras (Ec 9.10). Servir a Deus com todo o coração é uma atitude boa e saudável. O Senhor espera essa inteireza de nós (Dt 6.5). Nunca se deixe levar pelas ofertas do reino do mal!

José enfrentou adversidades e sofreu muito. Foi comprado por Potifar no mercado egípcio e, após algum tempo na casa desse capitão, José foi preso sob a acusação de tentativa de estupro da mulher do seu senhor (leia Gênesis 39). Ora, o exemplo visto na casa paterna levou José a viver de modo irrepreensível. Quando tomava conta da propriedade de Potifar, onde servia como escravo, José poderia ter fugido para Canaã, que ficava a 11 dias de boa caminhada dali, mas não o fez, porque esse não era o plano divino!

Quando o seu aprendizado foi concluído, José, que estava preso devido à acusação da mulher de Potifar, viu a sua vez chegar. Nesse momento, como ninguém sabia interpretar o sonho do rei do Egito, o filho de Jacó o fez com tal maestria que foi colocado como segundo naquele império, só tendo o rei sobre si (Gn 41.40). José deu a Faraó o plano de salvar milhões de vidas da fome que assolaria a terra. Agradecido por tal instrução, o soberano permitiu que a família de José fosse levada para o Egito (leia Gênesis 40 a 48).

Após viver 147 anos, Jacó sentiu que estava partindo deste mundo (Gn 47.28). Então, o patriarca começou a abençoar cada um dos seus filhos. Quando chegou a sua vez, José colocou seus dois filhos, Manassés e Efraim, estrategicamente diante do avô. José queria que a maior bênção fosse para Manassés, visto que era o primogênito. Porém, sendo Jacó profeta, estendeu a mão direita sobre Efraim. Como o patriarca já não podia enxergar bem, José pensou que o pai havia errado e o alertou sobre esse fato (Gn 48.10,18). Ore!

Um desconforto tomou o coração de José, chamando a atenção de seu pai: Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, ainda que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos avisadamente, ainda que Manassés era o primogênito (Gn 48.14). A Bíblia destaca que ele agiu avisadamente. Esse é o ponto que todo pai precisa ter a respeito dos filhos: deixar Deus falar!

José ficou tão intrigado que pegou a mão do pai e a colocou sobre Efraim, mas Israel declarou: Assim, os abençoou naquele dia, dizendo: Em ti Israel abençoará, dizendo: Deus te ponha como a Efraim e como a Manassés. E pôs a Efraim diante de Manassés (Gn 48.20).

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares