Certo cidadão caminhava bem em Israel, e a história dele foi contada pelo Senhor Jesus em forma de parábola, para nos dar importantes lições. A colheita da terra dele havia sido grande, e isso o alegrou bastante. Mas, como o seu coração não tinha entendido a razão de tudo aquilo, tomou uma decisão pela qual o próprio Mestre o chamou de louco. Quantos estão bem hoje, mas, depois, agem de maneira equivocada! O Senhor nos ajude!
O homem seguiu os passos para um bom plantio: lavrou a terra e a estercou do modo correto, esperou o tempo apropriado para plantar com chuvas, e tudo correu bem. Jesus não mencionou que o agricultor tinha orado, mas uma conjunção de fatores, ou o propósito divino, fez a sua colheita ser além da expectativa. Porém, a decisão daquele homem mostrou que o temor a Deus não estava em seu coração. Ele errou, e nós também falhamos nisto: não andamos com o Senhor!
O agricultor começou a se alegrar ao ver que a produção seria estupenda. Mesmo conhecendo a lei do plantar e colher, o seu entendimento talvez não tenha previsto tal resultado. Perceba isto: sem a ajuda de Deus, não entenderemos por que, às vezes, fracassamos ou somos vitoriosos, e sequer prestamos atenção ao fato de o Senhor nos governa em tudo. Qual é o motivo de não nos achegarmos ao Pai e tomarmos as melhores decisões? Onde tal homem errou no que imaginou fazer?
Esse agricultor teve de contratar vários ajudantes, a fim de não perder a colheita. Cada plantação tem um período certo de ser colhida e guardada, senão parte dela se perde. Uma coisa é certa: Deus quer nos ajudar, mas a nossa mente presunçosa, por vezes, acha isso desnecessário e julga que podemos caminhar sozinhos nas incertezas da vida. Com isso, uns se matam de trabalhar; outros nem tanto, mas, se tivermos a direção do Senhor, saberemos o Seu propósito e acertaremos.
Quando começaram a colher, o dono das terras percebeu que o resultado daquele ano superaria ao de outros períodos. Entusiasmado, ele não agradeceu a Deus nem tentou socorrer os necessitados ou as pessoas que o tinham ajudado com mensagens e orações. O homem, na dificuldade, procura ouvir de Deus a saída para seu problema, mas, na prosperidade, esquece-se dEle. Assim, vive levianamente, sem se lembrar de que é mortal!
A declaração egoísta do agricultor mostrou como estava vazio o seu espírito – ele só pensava em si. Do mesmo modo que ele não deu valor a quem deveria, hoje, muitos não reconhecem o valor da pessoa com quem se casaram e não desfrutam da comunhão conjugal salutar. Para alguns, a sua metade é alguém que os alegra e lhe gerou filhos, mas, ainda assim, cobiçam outra pessoa. Isso se repete em diversos lares.
Quem age dessa maneira com seu cônjuge reconhece a importância de uma vida, ou acha que isso é irrelevante? Tal pessoa seria capaz de mudar? Chegará o tempo de partir, e quem estiver no erro ouvirá: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será? (Lc 12.20). Pobre vida a da parábola contada por Jesus! De sua boca só saiu insensatez. Onde passará a eternidade quem agir com tamanha ingratidão: no Céu ou Inferno?
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Pai, nosso Mestre e Consolador! Muitas vezes, agimos como o insensato homem da parábola: só nos lembramos de Ti nas adversidades. Quando vem a prosperidade, também chega a vaidade. Assim, tropeçamos, caímos e não acordamos para Ti, a mais pura Verdade!
Precisamos Te buscar, mas andamos fora do Caminho da felicidade. Mais parecemos pessoas que não têm semelhantes e nos achamos superiores, mas, Senhor, se continuarmos assim, só emitiremos os ais!
Deixa-nos provar do Teu amor. No caminho trilhado por nós, só damos importância a bens materiais, sem nos lembrarmos de que, um dia, chegaremos diante de Ti, no tribunal da eternidade. Então, o que diremos diante de Ti? Confessaremos nossa imprudência!