Neste capítulo de Deuteronômio, o Senhor fala várias vezes sobre os riscos da idolatria – fabricação, venda ou compra de objetos de adoração e de qualquer figura animal que leve o homem a se desviar do verdadeiro culto a Deus –, assim como da busca de solução dos problemas em adivinhações (Dt 4.15-19). Isso era um perigo para os hebreus, porque a mente lhes daria a falsa impressão de segurança. Só no Criador podemos confiar!

Os servos do Senhor não podiam se esquecer do concerto que o Altíssimo fizera com eles, ao tirá-los de junto das “panelas”, o Egito, onde não tinham direitos e eram oprimidos pelo tirano que lá reinava. Hoje, aqueles que entenderam a obra realizada por Jesus em favor da humanidade na cruz do Calvário precisam se lembrar de que estão na Nova Aliança, na qual nada mais há por fazer, devendo exercer seus direitos em Cristo.

A idolatria física continua proibida, e a intelectual e a espiritual igualmente não podem tomar a nossa alma, fazendo-nos cultuar pessoas usadas pelo Senhor para nos levar à Sua presença. Jesus disse: E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus (Mt 23.9). Não é errado ter consideração com quem lhe ensinou a Palavra ou ministrou uma bênção sobre a sua vida, deve-se adorar somente o Senhor!

Em alguns meios considerados evangélicos, o inimigo conseguiu criar a figura do tutor, algo que não existe nas Escrituras. Com isso, muitas pessoas só fazem algo, se o seu “tutor” autorizá-las. Ao contrário desse modismo, a Palavra diz: E não ensinará cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior (Hb 8.11).

Todos devem ser ensinados a meditar na Bíblia e sentir o que Deus lhes fala pela Palavra, então o Espírito Santo lhes ensinará: Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito (Jo 14.26). Lembre-se de que andamos por fé, e não por vista (2 Co 5.7), guiados por Deus, e não pelo homem.

Não temos de pregar sobre nós mesmos nem a respeito da nossa igreja, pois isso é roubar a glória de Deus: Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura (Is 42.8). Tudo o que tenta tomar o louvor do Altíssimo vem do diabo. Não podemos ser usados pelo Pai e nos tornar os responsáveis por aquilo. Só Ele merece a honra por tais feitos.

Nunca permita que o inimigo o tire da presença do Senhor, causando o desvio de alguém. Seja servo, e Deus poderá usá-lo. Não se engrandeça, mas dê a Ele o louvor pelas suas realizações em Jesus. Sem Ele, nada podemos fazer (Jo 15.5).

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares