Na obra de Deus, além de ser imprescindível a participação do Espírito Santo, precisamos de parcerias. Jesus nos deu esse exemplo quando enviou Seus discípulos, de dois em dois, para O precederem nas cidades que Ele visitaria. Sem dúvida, o Mestre sabe melhor do que nós o modo de fazer Sua obra, resistindo às tentações e abençoando os que Ele envia às nossas reuniões. O rei Saul ignorava o fato de que obedecer é melhor do que sacrificar (1 Sm 15.22).

O escritor de Eclesiastes falou sobre esse assunto: Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho (Ec 4.9). Portanto, se queremos uma melhor recompensa da mão do Senhor, temos de aceitar a orientação dEle. Nunca poderemos dizer: “Foi impossível, a situação não permitiu”, ou: “O diabo nos impediu de fazer a obra”. A Bíblia garante: se dois de nós concordarmos com algo, isso será feito pelo Pai celestial (Mt 18.19).

Paulo e Barnabé foram bem-sucedidos nos trabalhos de evangelização, realizados onde Cristo ainda era desconhecido. Juntos, os apóstolos podiam ir a qualquer lugar que Deus os enviasse, apesar do perigo. Da mesma forma, hoje, isso deveria acontecer com quem prega as Boas-Novas. Afinal, não se quebra facilmente o cordão de três dobras: os dois enviados e o Senhor, que os chamou (Ec 4.12).

A cura do paralítico junto à Porta Formosa ajudou a firmar, em Jerusalém, a fé em Cristo. Tal exemplo deixa claro que essa orientação prosperará em todas as partes, pois aquele enfermo era bastante conhecido por lá, e as próprias autoridades judaicas confessaram ser inegável o benefício feito a ele. Ora, Pedro e João subiam ao templo juntos, em pleno acordo. Então, bastou um deles ordenar para que o homem fosse curado (At 3.1-10). Aleluia!

Triste é um escolhido pelo Senhor pegar a glória para si. Quando isso acontece, a pessoa estraga o plano divino de sacudir alguma região ou, até mesmo, o mundo. Sempre é bom recomeçar, dando ouvidos à Bíblia, porque as declarações contidas nela jamais passarão, ainda que os Céus e a Terra passem (Mt 24.35). Está escrito: Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante (Ec 4.10).

Demas amou o presente século e deixou Paulo sozinho (2 Tm 4.10). Depois de quase dois mil anos, será que ele faria isso de novo? Onde ele está agora? Por que haver divisão na igreja, se o Espírito Santo é quem a dirige? Se Deus corrige uma pessoa, e ela se rebela contra os líderes da obra, contra quem ela se revolta? Assim diz a Palavra: Busca seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a verdadeira sabedoria (Pv 18.1).

Ninguém deve mudar as regras das Escrituras; do contrário, será achado em rebeldia e, com isso, estará desclassificado. Jamais aceite as sugestões do diabo para se insurgir contra a obra de Deus, pois ele planeja prejudicá-la. Jesus advertiu: E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem (Lc 17.1). Fuja do pecado!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares