Estudaremos alguns versículos do capítulo 37 de Gênesis e aprenderemos lições úteis, que “brotam” das entrelinhas das Escrituras. Jacó habitou em Canaã, terra das peregrinações de seu pai. Abraão também tinha andado por lá e sabia que aquela região pertenceria à sua semente algum dia. Tal promessa se cumpriria mais tarde, após seus descendentes irem para o Egito e serem escravos naquele país.

Jacó amava seu filho José de modo especial, por isso o enviou com os meios-irmãos para cuidar das ovelhas. Na ocasião, estavam somente os seus irmãos, filhos de Bila e Zilpa, concubinas de seu pai. De acordo com o versículo em evidência, José contava ao pai acerca da má fama deles. Qual é a relevância de Deus mostrar isso? Para provar que José era diferente dos outros. Essa característica deveria existir em quem zela pelo nome da família; assim, Satanás não achará uma porta aberta.

Vale lembrar também a brecha deixada por Acã, para que seus irmãos fossem derrotados na batalha para assumir a cidade de Ai. Isso levou Josué ao desespero, quando se precipitou ao colocar a culpa no Senhor: E disse Josué: Ah! Senhor JEOVÁ! Por que, com efeito, fizeste passar a este povo o Jordão, para nos dares nas mãos dos amorreus, para nos fazerem perecer? Tomara nos contentáramos com ficarmos dalém do Jordão (Js 7.7).

O Altíssimo não Se ofendeu com essa oração na qual o comandante de Israel O acusava de má gestão, porém respondeu: Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto que lhes tinha ordenado, e até tomaram do anátema, e também furtaram, e também mentiram, e até debaixo da sua bagagem o puseram (Js 7.10,11). Logo encontraram o responsável pelo erro!

Assim como encontraram o autor da transgressão que levou o inimigo a envergonhá-los, temos de ir a Deus com a intenção de encontrarmos a parte fraca em nosso ser, a qual será como uma brecha usada pelo diabo para nos ferir, desonrando a nossa fé. Após encontrarmos o “Acã” em nós, devemos pedir que seja destruído. Em seguida, precisamos confessar o erro. Desse modo, viveremos como um indivíduo íntegro e perfeito diante do Senhor. Cada um de nós é como toda a congregação de Israel! 

José informava a seu pai a má fama dos irmãos. Isso demonstra que devemos levar em oração ao Pai qualquer desvio dos outros irmãos. Sendo filhos do Altíssimo, o Deus de santidade, não pode haver escândalo em nós. Jesus admoestou: Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno (Mt 5.29). Ore!

Na Nova Aliança, de acordo com essa passagem de Mateus 5, não temos de nos mutilar fisicamente, e sim, em oração, apresentar nossa fraqueza e pedir que Deus a tire de nós. Nossas atitudes erradas devem ser arrancadas de nós; assim, serviremos ao Pai celestial com integridade de alma e coração. Ore, e Deus lhe responderá!

Em Cristo com amor,

R. R. Soares