Durante muito tempo, Eliseu aprendeu com Elias a obedecer aos toques divinos, a fazer a obra do jeito agradável ao Senhor e a ser santo. Esses três ingredientes são necessários na vida dos chamados por Deus para representá-Lo. Mesmo não havendo razão para nos consagrarmos, devemos permanecer aos pés de Cristo. Quem se preparar para a obra, certamente, será instrumento nas mãos dAquele que conhece todos os corações (1 Pe 3.15).

Deus pode nos usar a qualquer hora e do Seu modo, por isso estejamos prontos para receber a Sua orientação, a fim de ajudarmos os necessitados. Há milhões de sofredores que seriam trazidos até nós a qualquer momento. Mas isso só ocorrerá se estivermos aptos para obedecer à ordem do Senhor. O princípio usado por Deus é este: Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado (Mc 4.25).

Elias não examinaria o quanto Eliseu havia aprendido e se já seria capaz de exercer o ofício de profeta na ausência dele. O Senhor faria isso. Eliseu pressentiu que a sua vez havia chegado, por isso se agarrava cada vez mais ao mestre. Ele agiu como Rute com Noemi (Rt 1.16,17). Logo, foi aprovado pelo Onipotente e perfeito Deus. Mostre quem você é em Cristo sempre que tiver chance!

Elias sentiu de ir a Jericó, cidade amaldiçoada por Josué quando fez seus muros caírem por terra. E, naquele tempo, Josué os esconjurou, dizendo: Maldito diante do SENHOR seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó! Perdendo o seu primogênito, a fundará e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas (Js 6.26). Vários séculos depois, a maldição se cumpriu na família do desafiante Hiel (1 Rs 16.34).

O que o profeta Elias fazia nessas visitas inesperadas não sabemos, mas deveria ser o exame de Eliseu. Algo nos chama a atenção: os discípulos das escolas proféticas daqueles dias eram bastante espirituais e prudentes. Eles sentiram o que sucederia com Elias e revelaram isso ao sucessor, tanto os de Betel quanto os de Jericó. Eliseu também sabia. Sem dúvida, ele entendeu que estava sendo posto à prova e, por isso, tinha de ser aprovado.

Pelo relato bíblico, o profeta Elias nada disse ao seu pupilo. No entanto, pediu-lhe que ficasse tanto em Gilgal quanto em Betel e em Jericó. Eliseu tinha seu olhar na promessa de Deus, por isso garantia ao profeta que o seguiria. Sem falar nada ao seu mestre Elias, ele fixava os olhos nele. Assim, temos de fazer com Jesus, nosso Mestre. Devemos olhar sempre para o Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12.2).

Como Eliseu jamais se separava de Elias, os dois foram até Jericó. O bom é quando estamos com Cristo rumo às missões. Chegando ao lugar determinado, precisamos manter os olhos no Senhor. Assim, jamais perderemos as bênçãos.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares