O voto que uma pessoa faz ao Altíssimo, quando ela se encontra em grande aflição, iguala-se à promessa do Senhor a alguém que O procura. Quando ouvimos de Deus que devemos fazer um voto, temos de examinar o que estamos declarando e nos esforçar para realizá-lo. Da mesma forma que temos de agir assim, o Pai deseja que acreditemos que Ele cumprirá Suas promessas. Mas não é um “toma lá dá cá”!

A Bíblia diz: Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votes e não pagues (Ec 5.4,5). Em uma aliança, as duas partes são iguais; porém, temos de entender que a primeira é a mais importante, pois é o Todo-Poderoso. Ao sermos chamados para a família de Deus, tornamo-nos membros do Corpo de Cristo, a Igreja. Logo, podemos usar Seu Nome com a total certeza da vitória (Rm 12.5; 1 Co 12.27).

Quando Deus disse a Jacó que voltasse à sua terra, na Aliança feita em Betel, estava implícito que o Altíssimo o guardaria de todo mal, tanto na ida quanto na volta (Gn 31.13). Ele podia acreditar que seria livre de qualquer problema que surgisse. Labão, seu sogro, mudou o seu salário dez vezes, mas o Senhor fez Jacó prosperar. Os cristãos devem agir assim no dia a dia, reivindicando seus direitos. Deus é sempre fiel!

Ao saber que o irmão, o qual havia jurado matá-lo, ia ao seu encontro com uns 400 homens, Jacó temeu e buscou a Deus. Ele tinha o direito de pedir a confirmação da promessa que lhe fora feita, por isso o Anjo do Senhor veio garanti-la. No entanto, para servir de lição para nós, Jacó teve de lutar com o Anjo a noite toda (Gn 32.22-29). Enquanto a luz não nascer para você, lute até a concretização do que é seu.

Se tivesse sido fraco na oração – e a luta simbolizava o jeito de os guerreiros do Senhor orarem –, Jacó nunca teria sido atendido. Do instrumento de trabalho, da habilidade de louvar, o filho de Deus deve forjar as espadas, porque haverá luta de grandes combatentes: Forjai espadas das vossas enxadas e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte (Jl 3.10). O filho de Isaque só seria respeitado, se provasse que Deus era com ele.

As enxadas usadas para ganhar o pão teriam de ser transformadas em espadas. Isso nos ensina que nossas orações de agradecimento, louvor e adoração, para obtermos bênçãos de solução de problemas, precisam ser feitas como se estivéssemos em guerra, ou não nos apoderaremos do Reino dos Céus: E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele (Mt 11.12).

O salmista entendeu o recado pelo voto feito, quando estava em angústia, e declarou que as promessas proferidas com seus lábios seriam cumpridas. O que ele disse se realizaria. Assim devemos agir em momentos de grandes aflições. Aquilo que nos foi pedido e aceito terá de ser cumprido à risca. Afinal, isso agrada a Deus!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares