Apesar de não conhecerem o Senhor, muitos perdidos têm a consciência de que Ele existe e opera a Sua justiça contra os criminosos. É fácil convencer quem, porventura, não sabe da existência do Onipotente. Se lhe contarmos sobre a criação e a desobediência de Adão, aquela alma logo verá que tal mensagem preencherá o vazio deixado pela saída do Senhor do homem, quando ocorreu o primeiro pecado. No entanto, se falarmos de religião, nada acontecerá; somente pela Palavra, essa pessoa crerá (Rm 10.17).

Acusado pelos judeus de blasfêmia, Paulo apelou para César (At 25.8-11). Sendo cidadão romano, desfrutava dessa prerrogativa. Dessa maneira, ninguém podia impedi-lo de chegar ao rei de Roma, a fim de ser julgado por ele. O diabo sabia que aquele homem fora escolhido para levar o Nome de Jesus aos mais distantes povos, que aguardavam ouvir a respeito do Messias, o qual veio para redimi-los do pecado. Ao evangelizarmos o mundo, veremos multidões serem salvas. Deus é fiel!

O apóstolo foi entregue ao centurião chamado Júlio, e outros presos seguiam no mesmo navio. Sendo o vento contrário, chegaram com dificuldades a um lugar chamado Bons Portos. Ali, ficaram vários dias, mas decidiram ir adiante. Paulo os advertiu sobre os perigos daquela viagem, mas o oficial romano creu mais no capitão do navio do que no apóstolo, e, assim, prosseguiram. Porém, o navio naufragou algum tempo depois.

Certa noite, um anjo de Deus visitou Paulo e revelou-lhe que os tripulantes da embarcação lhe foram dados, por isso nenhum se perderia. Depois de 14 dias sem comer, Paulo os exortou a se alimentarem. Assim, após ter dado graças, pôs-se a comer pão, e todos o seguiram. O navio encalhou entre dois mares. Os que sabiam nadar se lançaram ao mar; os outros, usando tábuas, também chegaram à ilha. Então, souberam que ali se chamava Malta, e, nesse local, o apóstolo enfrentou grande luta (At 27.9-44)!

Malta era habitada por bárbaros, povos que não pertenciam ao Império Romano, os quais acolheram os náufragos com bastante humanidade, acendendo uma grande fogueira por causa do frio. Todavia, ao pegar uns gravetos para atirar ao fogo, Paulo foi mordido por uma víbora, que ficou agarrada à sua mão lançando veneno nele. O apóstolo, com a firmeza de quem tem fé, levou-a à fogueira até que ela se soltou e caiu no fogo (At 28.2-5). Deus é grande!

Como Paulo continuou vivo, ao verem aquilo, os bárbaros diziam entre si que o apóstolo deveria ser homicida, porque a justiça não o deixaria viver. Isso nos ensina a crescer na fé para não sairmos em desespero diante de um caso semelhante, mas, com firmeza, dar o exemplo de como deve proceder o servo do Senhor. Quem não tem essa fé logo procura ajuda. Paulo mostrou em Quem cria! 

Aquele ato de fé fez toda a ilha crer em Jesus. Há casos que não se explicam, segundo a ótica humana. Recebemos poder para viver como testemunhas de Cristo, quer sejamos pastores ou membros da igreja. Portanto, não podemos negar Jesus, nosso Salvador. Deus é Senhor!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares