A morte do primeiro mártir da Igreja cristã não silenciou o desejo do diabo de pôr fim à obra de Deus, que estava começando a dar seus primeiros passos, mas serviu de estopim para que a perseguição ficasse ainda mais aguerrida. Porém, o nosso Deus é vigilante e pronto para defender Seus filhos, por isso eles nunca serão vencidos. A morte de Estêvão foi o modo que o Altíssimo reservou para ser glorificado. O Senhor é bom sempre!

Saulo de Tarso era membro de um grupo do judaísmo denominado fariseus. Hoje, esse termo significa algo pejorativo, mas, naqueles dias, era quase um elogio ser chamado assim. O ódio que havia em seu coração o fez respirar ameaças e mortes contra os discípulos de Cristo. Foi Saulo quem consentiu que matassem Estêvão, o primeiro mártir do cristianismo.

Tomado pelo desejo de varrer da face da Terra a fé em Jesus, a qual ele considerava apostasia, o então Saulo de Tarso dirigiu-se ao sumo sacerdote. Era muito grande a vontade dele de acabar com o Evangelho, pois julgava ser uma ameaça ao judaísmo cego e sem a direção divina. Porém, ele não sabia que aquela seria a sua última viagem como perseguidor da obra do Senhor. Os que tentam obstruir a pregação do Evangelho sem conhecê-lo, sem dúvida, irão se converter. Aleluia!

Não importa quem esteja por trás do desejo de impedir os perdidos de saberem a Verdade; eles haverão de mudar de opinião quando tiverem contato com a mensagem de Cristo. Quanto a nós, não temos de orar pedindo a morte de quem persegue a obra de Deus, e sim a vida. Afinal, quem age contra o Senhor já está morto, separado dEle. No entanto, ao se encontrar com o Edificador da Igreja, não mais agirá na maldade, mas se tornará um campeão da fé. Ore!

A Igreja se equivoca por completo quando traz a luta para o campo humano. Ora, não é contra a carne e o sangue que temos de batalhar, mas contra os principados, potestades, príncipes das trevas e a hostes espirituais da maldade (Ef 6.12). Se erramos no cumprimento do dever, provamos que não amamos o Senhor e, assim, ficamos fora do plano divino. Misericórdia!

Quando Saulo dirigiu-se ao sumo sacerdote, ele já estava sob a convicção do Santo Espírito. Ele não sabia, mas, naquela sua ida a Damasco, sua vida mudaria completamente. Saulo iria como perseguidor, mas voltaria como adorador. Afinal, o sangue de Estêvão clamava da terra pelo perdão que havia pedido ao Senhor aos seus algozes, e Saulo era um deles. O principal dos pecadores pode virar o principal servo.

Entregue suas preocupações e seus opositores ao Deus do perdão, da mudança de vida. Ele é amor, e, por certo, quando você pedir que não seja imputado ao seu inimigo o mal que ele lhe infligiu, você será atendido. Que tal trocar o seu prejuízo pelo perdão do causador dele? Desse modo, você será lembrado na presença do Pai. Ame e ore!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares