Então, entrou o rei Davi, e ficou perante o SENHOR, e disse: Quem sou eu, SENHOR Deus? E qual é a minha casa, que me trouxeste até aqui?
1 Crônicas 17.16
A linha de sucesso que acompanhou a trajetória de Davi tem muito a nos ensinar. Suas lutas, provações e a ação do Senhor, a qual o fez vencedor, podem ser iguais para todo aquele que serve, de fato, a Deus. Sabendo que o Altíssimo não tem preferidos (Rm 2.11), qualquer pessoa que ouvir atentamente Sua Palavra terá as mesmas condições dos outros que obedeceram ao Senhor nos tempos bíblicos. Deus espera que, hoje, nós Lhe sirvamos como fizeram aqueles em seus dias.
Primeiro, Davi se preocupou com a arca de Deus. Então, após trazê-la, ele compôs um salmo e nomeou Asafe e seus irmãos a ficarem continuamente perante ela, ministrando ao Senhor (1 Cr 16.37). O rei entendia o valor do louvor a Deus e o quanto adorar o Altíssimo é importante e produtivo para quem Lhe serve. Esse entendimento é capaz de revolucionar a vida de qualquer membro do Corpo de Cristo.
Depois, o rei disse a Natã, o profeta naqueles dias, que desejava edificar uma casa para o Senhor, pois a dele Deus o ajudara a construir. Tenho visto esse desejo surgir no coração de muitas pessoas. Algumas se empenham por levar uma igreja até sua região; outros sentem que precisam pagar os custos da construção de um templo. Isso prova que Deus sabe cuidar da Sua obra.
No verso 2 de 1 Crônicas 17, percebemos que o profeta Natã foi apressado, pois disse ao rei que este deveria fazer tudo o que estava em seu coração, pois Deus era com ele. Isso nos mostra uma lição para que não acreditemos em tudo aquilo que alguém que serve ao Senhor diga para nós, já que todos são passíveis de engano. A verdade é que, quando falamos a Palavra, sob a unção, o Senhor compromete-Se a cumpri-lA; mas, se dissermos algo de nós mesmos, Ele não nos honrará.
Naquela noite, o Altíssimo falou a Natã que não seria Davi o construtor da Sua casa, mas fez lindas e abundantes revelações sobre o que faria da casa do rei. Pelo relato, entende-se que Deus discorria a respeito da obra que Jesus realizaria por nós, levando-nos a participar do Seu glorioso plano de salvação. Fica evidente que o inimigo pode levar-nos ao erro, principalmente, quando o objetivo de Deus é maior.
Davi nem questionou a Palavra que o Senhor lhe enviara; de pronto, aceitou os desígnios divinos. Ora, é um grande equivoco não acatar as resoluções do Altíssimo, uma vez que o Senhor sempre sabe o que é melhor para nós. Quando Ele toma decisões, é sensato acatá-las; afinal, estar na vontade real de Deus sempre será a opção acertada. Quando cumprimos o mandamento divino, o poder celestial permanece ao nosso lado a fim de nos guardar e usar.
Por causa da decisão do Senhor, Davi declarou-Lhe que ficara animado (v. 25). Quem realmente é de Deus não chora quando os propósitos divinos vão de encontro aos seus, mas, com alegria, diz: “Amém”. Portanto, o certo é cumprir a soberana vontade do Pai.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares