As pessoas que servem ao Senhor com fidelidade, dependendo da direção de Deus, às vezes, deparam-se com outros que não entenderam o que se passou com elas ao cumprirem a ordem do Espírito Santo. Leia com atenção os capítulos 10 e 11 do livro de Atos e você entenderá como Pedro foi dirigido e, depois, questionado por aqueles que ainda não haviam se libertado da doutrina do judaísmo. No final, eles disseram que Deus deu aos gentios arrependimento para a vida.
Naquele dia, poderia ter acontecido um cisma na Igreja de Cristo, que começava a se formar, e isso daria um prejuízo grande para a obra divina. Os neófitos na fé não têm a estrutura necessária para aprovar os feitos de Deus. Com isso, se alguns se colocam ao lado deles, rebelam-se e fundam novas igrejas. Isso ocorre em nossos dias, mas pobres deles, pois, no tribunal de Cristo (2 Co 5.10), darão conta dos seus atos! Vigiar e orar são ordens de Jesus!
Para aquele grupo de irmãos imaturos, questionar o motivo de Pedro ter ido à casa do romano Cornélio e levado todos à salvação era mais importante do que aplaudir a obra realizada pelo Senhor. Pacientemente, o ex-afobado apóstolo – que sempre respondia antes de meditar, mas, naquele momento, era o líder dos demais – contou tudo o que acontecera com ele para que atendesse ao pedido do desesperado centurião romano. Ele foi porque sabia que o Altíssimo estava naquela situação.
Muitos causam prejuízos à Igreja, tomando decisões apressadas e sem dar a Deus o direito de agir como Senhor da Sua própria casa. A Igreja de Cristo não é lugar para disputas, e sim para ouvir a Palavra. Entre os rebelados há aqueles que sequer sabem o que é servir ao Reino do Pai. Por isso, abrem novas igrejas que logo se fecham. Ora, sem a aprovação do Céu, ninguém permanece lá. O tribunal do Senhor os espera. Pobres vidas!
Pacientemente, Pedro relatou os motivos que o levaram a socorrer o centurião e conseguiu apaziguá-los. Nenhum servo do Senhor está autorizado a dar palpites na obra especial de Deus para salvar os perdidos. Cornélio já servia ao Altíssimo do modo que achava melhor, mas o próprio Soberano tratou com ele, enviando-lhe um anjo com a ordem de convidar Simão para orientá-lo na fé em Cristo.
Aquela confusão fora provocada, porque eles não sabiam por que Pedro deu atenção a um gentio. Até aquele momento, os discípulos só pregavam aos judeus, mas Jesus havia ordenado a todos que fossem pelo mundo e pregassem o Evangelho a toda criatura, sem se importar se era judeu ou gentio (Mc 16.15). A tradição da fé impedia muitos de serem salvos. Ainda hoje, existem situações parecidas com essas, as quais precisam ser resolvidas!
Ao terminar a sua explicação, que, diga-se de passagem, foi feita sob a unção divina, todos foram apaziguados, abriram seus corações para o ensino e logo glorificaram o Senhor, dizendo que aquilo provava que aos gentios tinha sido dado o arrependimento para a vida. Essa é a nossa missão!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Deus apaziguador! Tu sofres quando questionamos a Tua santa obra. É quase inacreditável que o homem olhe mais para o que acha certo do que para a Tua Palavra, a qual o liberta dos pecados e preconceitos. Usa-nos para fazermos a Tua vontade!
Devemos falar de modo a emudecer os argumentos humanos. Não há o que discutir quando Tu operas. Jamais podemos desprezar os Teus feitos, porque, sem dúvida, tudo o que vem de Ti é maravilhoso. Ajuda-nos a melhorar o nosso trabalho de fé e amor a Ti!
“Até aos gentios Tu deste arrependimento para a vida”. Essa foi a conclusão a que chegaram. A Verdade deve ser pregada aos adeptos das mais diversas religiões, para que, conhecendo-a, sejam libertos. Nós Te damos a glória, honra e o louvor. Amém!