O rei Davi escreveu esse Salmo por inspiração divina, falando do afastamento entre Jesus e o Pai na cruz (Mc 15.34). Não teria como o salmista dizer essas palavras se não fosse pela precisa revelação do trono celestial. Afinal, ele viveu cerca de mil anos antes de Cristo, que viria de um dos seus descendentes. Sobre Davi havia uma unção especial que o guiava a compor cânticos recheados de profecias e a sair vencedor em todas as guerras.
A unção de profeta fez o filho de Jessé ver mil anos à frente, quando o Salvador estaria na cruz. Ao confessar que a sua força havia secado, Davi entendeu o que se passava dentro de Jesus. O Mestre teve essa sensação ao ver Deus virar-Lhe as costas por causa dos pecados do homem, tornando-Se pecado em nosso lugar. A mesma unção revelou esse fato a Paulo: Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus (2 Co 5.21). Aleluia!
Quando um cristão comete iniquidade, a sua força também se esvai. Assim, ele é derrotado nas lutas travadas contra o inimigo. Mas, hoje, esse insucesso jamais deve ocorrer, porque a pessoa será perdoada, purificada e liberta, se, após pecar, confessar seu erro: E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção (Is 10.27). A confissão antecede ao perdão e à restituição!
Que valor tem um caco? Nenhum! Porém, não somos algo quebrado. A nossa força pode até secar, mas, ao confessarmos nossa transgressão e abandoná-la, o Senhor cumpre a Sua promessa, que diz: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9). Bendito seja o Criador que criou o estatuto da confissão. Por meio desse reconhecimento, voltamos à posição anterior ao erro!
A unção de profeta fez o rei Davi ser usado nesse Salmo para mostrar o que acontece conosco em caso de algum deslize na santidade. O apóstolo João também foi instrumento do Senhor ao falar do instituto do perdão, a confissão. Davi disse que a sua língua se pegou ao seu paladar, significando que a vida não o interessava mais. Esse sentimento é semelhante ao que temos, quando ficamos doentes e recusamos uma comida por ela “perder” o sabor. Tudo isso sofreu o Salvador por nós na cruz!
Por causa de alguns acontecimentos tristes, você já se sentiu sem valor, a ponto de desprezar tudo o que possui ou é? Cristo Se sentiu dessa forma ao ver Seu Pai Lhe virar as costas. Deus fez isso com o Filho por ser santidade: fogo consumidor. Portanto, Ele poderia destruir Jesus. Quando Jesus vier na Sua glória, aniquilará o ímpio com o sopro da Sua boca (Is 11.4; 30.33; 2 Ts 2.8). A presciência divina é linda e jamais falha!
Jesus foi ao pó – o lugar mais baixo do reino da região da morte, onde os demônios pisavam – e não sofreu dano algum. Por nunca ter pecado, não havia sentimento de erro nEle. O Messias despiu Satanás e seus demônios da autoridade que haviam roubado do homem. Isso o Mestre fez plenamente (Cl 2.15). Ele triunfou por nós!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Deus, nossa Força eterna! Que obra fizeste por intermédio do Teu Filho, enviado ao mundo para nos redimir da queda do primeiro Adão! O segundo Adão, perfeito e apto para nos salvar, obteve êxito na missão. Ele sofreu para que nada padecêssemos!
O Teu plano foi perfeito e executado detalhadamente. A partir de então, o homem deixaria de ser escravo do diabo e receberia poder ao descer sobre si o Espírito Santo. Assim, seria Tua testemunha até os confins do mundo. Que planejamento!
Obrigado por nos teres restituído a honra, dando-nos glória em Teu Nome para fazermos a Tua obra com sucesso. Hoje, devemos amarrar Satanás, a fim de libertar aqueles que estão sob o comando dele, e isso faremos para Te honrar. Usa-nos como Teus servos!