“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
Efésios 4.29

    Jesus disse que a boca fala do que está cheio o coração (Lc 6.45c), por isso, para que não pronunciemos o que desagrada a Deus e soframos por isso, precisamos encher o nosso homem interior, recriado em justiça e preparado para as boas obras, com o material que o nosso Pai nos dá. Sem isso, o homem não se liberta daquilo que o prende ao pecado. Ora, se quem peca é do diabo (1 Jo 3.8a), precisamos vigiar para não cairmos em nenhuma das tentações que nos sobrevêm, pois a batalha pela santidade tem de ser ganha.
    Se quisermos agradar ao Senhor, então temos a direção: encher o nosso coração com o que aprendemos nas Escrituras. Isso não significa, simplesmente, decorar versículos, mas, sim, guardar os ensinamentos que recebemos ao meditarmos nas revelações do Livro de Deus. A “iluminação” que ocorre todas as vezes que lemos a Bíblia ou escutamos a pregação da Palavra é a voz divina falando ao nosso coração. Se pedirmos, o Senhor nos ensinará tudo o que necessitamos aprender.
    É de suma importância vigiarmos para não falarmos o que o diabo quer, o que poderá trazê-lo para perto e afastar o Senhor de nós. Por isso vigie bem, porque, nas horas de necessidade, Satanás pode influenciar você a fazer o que não deve. Após jejuar durante 40 dias, Jesus teve fome, e o diabo, sutilmente, tentou convencê-lO a transformar pedras em pães (Mt 4.1-10). Portanto, preste atenção àquilo que o faz tomar alguma atitude, pois, nem sempre, determinar sobre o que a Bíblia diz é direção divina. Se você se encontra em um momento que o leva a proferir palavras torpes, certamente, o diabo está por trás disso.
    Se uma pessoa pensa em alguém que não seja o seu cônjuge, isso não provém de Deus. Talvez ela esteja vivendo uma situação difícil em seu casamento, na qual sua metade o traiu, e, ao surgir um desejo pecaminoso, pensa que o Céu a está ajudando. O Senhor jamais agiria por modo errado. Enquanto houver casamento, ainda que a outra parte seja infiel, pensar em um novo amor é cometer adultério (Mt 5.28). A justificativa de que Deus, por ser onisciente, já sabia que o enlace acabaria e, por amor, fez surgir outra pessoa é “conversa” do inferno. Palavras torpes, mentiras e sentimentos de infidelidade jamais procedem da Luz.
    O que não for bom para promover a edificação não deve ser falado. Para isso, aja sempre como o Senhor agiria se estivesse em seu lugar e tenha uma vida de oração, honrando-O em tudo. Assim, você será guardado de todo laço, visto que Deus é bom com aquele que O respeita. Então, se tiver de passar por alguma privação, enfrente-a, mas nunca aceite o escape que venha do inimigo.
    Fale somente o que Deus coloca em seu coração, e você dará graça a quem o ouve. Além disso, não pronuncie nada que possa prejudicar o próximo. Use sua boca apenas para abençoar. Agindo dessa forma, você será responsável pelo sucesso de muitos.

    Em Cristo, com amor,

    R. R. Soares