Conhecer o jejum escolhido por Deus nos poupará tempo em atos inúteis, os quais nos forçam a práticas contra a vontade do Pai. Entenda: o jejum pode resultar em algo bom, se for feito segundo a direção do Senhor. Ora, nada que o homem faça por si mesmo agrada ao Altíssimo; ele precisa da direção do Espírito Santo. Jamais faça algo contraindicado pelas Escrituras. Deus irá ajudá-lo se você Lhe for fiel!

O Senhor não precisa que Seus filhos quase se matem de tanto jejuar, porque, sem as orientações dEle, as obras humanas serão coisas de nenhum valor. Os bons exemplos dados na Bíblia devem ser imitados, como no caso de Daniel. Assim como ele foi guardado por Deus, você também o será. Porém, se a tarefa tiver sido iniciada pelo homem, ela nunca será do Senhor. Deus conhece tudo e, quando nos orienta a nos consagrar, sabe a necessidade disso.

O jejum apontado pelo Senhor visa ao bem da Sua obra, à consagração da nossa vida e à liberdade da qual carecemos. Não importa a sua dor; para que ela saia, abra o seu coração ao Altíssimo e conte as suas atitudes. Nessa hora, se estiver em pecado, mas for sincero, o Pai celestial lhe ensinará como proceder. Sem dúvida, o jejum a ser feito nunca partirá da sua cabeça, mas de Deus.

A nossa alma não precisa ser afligida, e sim liberta de toda e qualquer aflição. Deixe o Altíssimo dirigir seu caminho, e você se tornará a pessoa a quem Ele quer abençoar. Certamente, Ele fará isso desde que o propósito seja aquele revelado pelo Santo Espírito. Andar na presença de Deus é mais importante do que ficar o tempo todo repetindo orações ou dando glórias de modo ininterrupto. O Senhor deseja alegrar a sua alma com a presença dEle.

Curvamos a cabeça como sinal de submissão a Deus, mas Ele quer levantá-la. Veio do Céu o seu desejo de entrar em um período de jejum e oração, a fim de se preparar para o ministério. Porém, se tal consagração foi feita para pressionar o Senhor no intuito de obter mais bênçãos, ele de nada valerá. Deus abomina as más intenções e as justificativas inventadas. Ora, elas não estão previstas no Livro Santo. 

No Antigo Testamento, as pessoas costumavam vestir panos de saco grosseiro durante o jejum; assim, seriam vistas lamentando-se por alguma coisa e, com cinzas na cabeça, receberiam a piedade dos demais. No Novo Testamento, é bem diferente. Jesus ensinou que devemos colocar óleo na cabeça, para que ninguém perceba que estamos em jejum (Mt 6.17,18). Deus vê em secreto e em secreto também nos atende.

O jejum tem de ser algo aprazível ao Todo-Poderoso. Acabou o tempo do choro e chegou o da alegria. Portanto, é com satisfação que servimos a Ele e, por Seu turno, com prazer, Ele nos concede a força. Lembre-se: a alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8.10)!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares