Um dos mais tristes acontecimentos na vida de Moisés foi ser avisado pelo Senhor de que o povo se desviara do caminho verdadeiro, enquanto ele se consagrava a Deus e recebia de Suas mãos as tábuas da Lei, onde o Altíssimo escreveu com Seu dedo os Dez Mandamentos. Já fazia 40 dias e 40 noites que Moisés se encontrava na presença divina em jejum completo. E, então, teve de descer para ver o que os hebreus haviam aprontado (Êx 32.1-10).

Dois extremos! Quando estava recebendo as tábuas nas quais Deus escrevera como Seu povo deveria proceder, este foi tomado pelo inimigo, fez um bezerro de ouro e se prostrou diante dele. O irmão de Moisés, Arão, que era sumo sacerdote, foi quem confeccionou o ídolo a pedido dos maiorais das famílias. Não entendemos como algumas coisas aconteceram com o povo escolhido. Ore!

Ao ver tamanha desfaçatez, no pleno significado da palavra, Moisés se enfureceu e, ao arremessar as tábuas da Lei, quebrou-as. A sentença foi dura. Ele convocou os filhos de Levi, a tribo sacerdotal, e ordenou que quem fosse do Senhor se apresentasse. Os responsáveis pelo desvio – em torno de três mil israelitas – foram mortos naquele dia. O Julgamento do Senhor sempre é sério!

Por que eles deixaram o Deus vivo e operante e voltaram-se aos ídolos? Ora, no Egito existiam deuses que não os ajudariam contra a pena executada por intermédio de Moisés. Se não tivesse sido desse modo, os hebreus ainda estariam sob o chicote de Faraó. Eles encontraram o fraco Arão, que montou o bezerro de ouro e, talvez, outros ídolos aos quais atribuíram o título de deuses. Que vergonha! Mas não se surpreenda com quem não conhece o Onipotente!

Os hebreus não teriam uma atitude melhor, porque, apesar de terem visto as maravilhas de Deus na terra de Faraó, a maioria não havia tido um encontro verdadeiro e total com o Senhor. Em nossas igrejas, muitos que dizem de Cristo, caso não recebam os ensinamentos da Palavra para nascerem de novo, jamais vencerão as provações em sua caminhada e tomarão atitudes iguais ou piores do que as dos israelitas rebeldes. Temos de ensiná-los a conhecer o Pai celestial! (Os 6.3).

Quando uma pessoa se entrega ao pecado, passa a ter atitudes lastimáveis, pois não discerne o errado do certo. Naquele dia, os israelitas se despiram de todo pudor em homenagem ao bezerro de ouro: E depressa se tem desviado do caminho que eu lhes tinha ordenado; fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e sacrificaram-lhe, e disseram: Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito (Êx 32.8). Vergonhoso!

Não sabemos se foram apenas os homens que assim agiram. Sabemos que quase todos participaram da festa da carne, levando Moisés a ordenar que os responsáveis fossem mortos. Eis o aviso a quem se dá à iniquidade: o Juízo será sem misericórdia (Hb 10.28-31). Por que trocar o Senhor pelos ídolos, que nada fazem? Esforce-se para nunca sair da presença divina.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares