A batalha pela libertação dos filhos de Israel do Egito estava somente começando. Como o Senhor disse a Moisés, Ele os tiraria de lá com a Sua mão forte. Faraó nem de longe admitia perder aquela mão de obra especializada e preparada para ter sucesso aonde quer que fosse. Agora, sem sombra de dúvida, Moisés dizia aos hebreus que, em breve, sairiam daquela terra com a mão cheia de recursos, para nunca serem subjugados por outro reino!

Com a ida de Moisés diante do rei do Egito, a demonstração de habilidades que Deus dera a ele e ao seu irmão, Arão, não foi bem-sucedida. Por aquele “fiasco” o Tirado das águas não esperava. Arão lançou no chão a sua vara, que se tornou uma cobra, porém os magos egípcios fizeram o mesmo. De início, não havia nada demais na transformação das varas dos magos em serpentes, mas a de Arão tragou as deles (Êx 7.8-13).

As operações do Senhor são verdadeiras; no entanto, aquelas feitas pelos feiticeiros provêm do Inferno. Contudo, não devemos temê-las, porque, mais cedo do que se pensa, a farsa do rei da morte será desmascarada e envergonhada. Faraó veria seu poder ser diminuído toda vez que Moisés e Arão falassem com ele. Chegaria o dia em que o governante egípcio não aguentaria vê-los, pois, além do sofrimento pelo qual passava, estava desmoralizado.

O Altíssimo chamou os dois irmãos e os enviou de novo para falar com o potentado do Egito, mencionando o lugar onde este se banhava, para que lhe dessem um recado. Quem luta contra o Senhor não tem a menor chance. Na verdade, Deus não daria um xeque-mate e resolveria tudo em um minuto, pois Israel ainda não estava preparado para se transferir à terra que manava leite e mel. Tudo tem o seu tempo certo, por isso jamais se desespere com nada!

Moisés e Arão encontrariam o Faraó descansado e perplexo com eles, que não desistiam de pedir a sua permissão para Israel ir ao deserto e servir ao Altíssimo. Em nossos dias, não tiraremos o povo de um país físico, e sim do reino da morte, e disso estamos cientes. A grande tragédia é a insensibilidade de muitos que sequer entendem por que devem aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador, libertando-se da condenação eterna (1 Ts 1.10). Em Cristo, somos mais do que vitoriosos!

Os irmãos disseram ao Faraó que ele deveria abrir mão dos hebreus, porque o Senhor Deus assim havia falado, mas ele sequer se aquiesceu dando-lhes autorização para deixar aquele país. Para não assustar o rei egípcio, falaram que os filhos de Israel iriam somente ao deserto para servir ao Senhor com algumas cerimônias. Diante de tal pedido, Faraó endureceu o coração e oprimiu mais seus “escravos”, aumentando a ira dos israelitas contra Moisés, uma vez que não entendiam bem o plano de Deus (Êx 5.20,21).

Os dias seguintes foram de grandes batalhas. Os servos do Senhor foram obrigados a dar a lição que, um dia, convenceria o Egito a deixá-los livres. Porém, ainda foi preciso cair sobre aquele país dez pragas que muito dificultaram a vida dos egípcios. A derradeira matou os primogênitos de toda família egípcia, e não os considerados escravos deles!  

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares