Deus fez com o homem uma Aliança que supre todas as suas necessidades; logo, não é preciso ele aliançar-se com outros. Ora, se não fosse mau comprometer-se com alguma pessoa nesse sentido, o Senhor não nos teria proibido. Na verdade, ele precisa que os Seus servos fiquem à Sua disposição a fim de que não tolerem nada que negue a Sua Palavra ou que os leve a algum caminho que não é bom.

Qualquer aliança que você fizer com alguém, exceto seu cônjuge, não é de Deus. No entanto, mesmo dentro do matrimônio, não podemos negar ao Senhor o senhorio sobre todo o nosso ser – espírito, alma e corpo. Por isso, no relacionamento conjugal, o limite da santidade deve ser observado; afinal, toda a nossa vida deve ser conservada plenamente íntegra, limpa e santa para o Pai (Lv 20.7; 1 Pe 1.16).

Na obra divina, também não podemos aliançar-nos indevidamente com ninguém. Devemos, sim, servir ao Altíssimo no temor que Lhe é devido. Quando, por exemplo, um cristão se torna “amigo” do outro e, por isso, releva algum procedimento errado, passa a ser inimigo de Deus (Tg 4.4). Isso mostra que as cláusulas da Aliança que o Senhor fez conosco pelo sangue de Jesus devem ser respeitadas sempre, buscando, em primeiro lugar, o Reino e a Sua justiça (Mt 6.33a). 

Além disso, ao firmar um pacto de dívida com alguém, você pode deixar de servir ao Altíssimo, tornando-se cúmplice do pecado do “amigo” para não o ofender. Então, por que comprometer a sua salvação por uma pessoa que pode estar sendo usada pelo diabo? Seja santo e fiel em tudo. Desse modo, você fará mais do que se tivesse uma aliança com alguém, já que, ao servir ao Todo-Poderoso, você serve aos outros melhor.

A Palavra é clara ao dizer que não podemos ficar entre os que dão as mãos. Isso porque a mão do Senhor passou a segurar a nossa no momento em que aceitamos Jesus como Salvador e é suficiente para nos ajudar em qualquer situação. Por isso, quem a despreza por medo de um dia precisar do auxílio do homem nega o suprimento que o Altíssimo lhe daria, o qual é mais do que suficiente.

Jamais confie totalmente em alguém a ponto de afirmar que ele não fez algo errado, pois só Deus conhece o coração do homem. Há até quem fique por fiador de dívidas em razão disso. Portanto, se algum irmão tem sido acusado de algo que afirma não ter feito, ore por ele, determinando que a verdade seja conhecida. Porém, em hipótese alguma, assuma a conta de outra pessoa; deixe o Senhor julgá-la.

Por fim, lembre-se de que somos servos. Então, só nos cumpre seguir as orientações do nosso Deus. Ele sabe tudo e, por mais que alguém peça, não julgará com injustiça. Precisamos apenas da Aliança sancionada no sangue de Jesus.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares