Quando Jacó voltou para Canaã, ele levou toda a sua família e os seus servos. Porém, seu sogro ficou violento com a ideia de o filho de Isaque fugir, pois pretendia que permanecesse com ele. O interesse de Labão era a mão de obra qualificada que ele nunca tinha visto igual. Então, foi atrás do genro como se fosse um facínora. Ora, definitivamente, Jacó jamais voltaria a ser enganado pelo sogro. Há tempo para tudo nesta vida (Ec 3.1), por isso prepare-se!
Além de não contar com o trabalho de Jacó, Labão constatou que alguém furtara as imagens de culto da sua casa. Com esse pretexto, quis fazer voltar Jacó e sua família. A Bíblia relata: Então, entrou Labão na tenda de Jacó, e na tenda de Leia, e na tenda de ambas as servas e não os achou; e, saindo da tenda de Leia, entrou na tenda de Raquel. Mas tinha tomado Raquel os ídolos, e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda e não os achou (Gn 31.32-34). Como ele estava revirando tudo, ela, para não se levantar, disse que estava nos dias das regras das mulheres (v. 35 – ARA).
Raquel enganou o pai, mas não sabemos a razão. Tempos depois, Jacó renovou seu voto a Deus, depois do que seus filhos fizeram a Hamor e a seu filho, Siquém, que abusara de Diná, filha de Jacó, fazendo-o cheirar mal entre os moradores da terra (Gn 34). A seguir, ele ouviu do Senhor: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugiste diante da face de Esaú, teu irmão (Gn 35.1). Jacó entendeu que algo sério teria de ser feito em sua família, para que a paz voltasse.
Antes de seguir para Betel, Jacó reuniu a família e os filhos e lhes disse: Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes (Gn 35.2). Assim, desfizeram-se de tudo o que era maléfico, purificaram o corpo e mudaram as vestes. Então, a jornada seria de bênçãos, pois a sua descendência foi enxertada na Aliança de Deus com seus pais.
Não sabemos se foi nesse dia que Raquel se desfez daqueles “protetores”, os quais só atraíam mais demônios. Hoje, muitas pessoas não veem nada demais em possuir imagens de escultura ou outros itens religiosos, que apenas causam sofrimento. Deus proibiu tais práticas logo após os hebreus passarem pelo mar Vermelho, para que não se envolvessem em confusões nem sofressem toda sorte de mal (Êx 20.1-6).
A imagem mais antiga ligada ao culto cristão surgiu no século 3, nas catacumbas de Roma. Desde então, iniciou-se a adoração àqueles que alguns consideravam santos. Ora, a Bíblia diz que santos são aqueles que aceitam Jesus como Senhor e Salvador, perseverando na fé, e não sendo considerado especial por alguma obra que julgam ter feito. O Altíssimo declara: Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura (Is 42.8).
Atrás da mística envolvendo o culto aos santos, há um demônio oprimindo o povo que se entrega a esse pecado e o leva a sofrer os ataques do Inferno. Raquel pegou os “santinhos” do pai e os levou a Jacó, o qual os enterrou debaixo de uma árvore, livrando-os dos males (Gn 35.4).
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Senhor amado! A chamada de Jacó foi segundo o conselho da Tua vontade, com a nossa também o foi. Não fomos nós que Te escolhemos, e sim o Teu querer, que nos achou e escolheu, por isso não podemos errar nem frustrar Teus planos!
Pai, sê glorificado com a nossa vida! Para isso, precisamos ter mais da Tua sabedoria. Não queremos ser dissimulados nem atrasados para entender as Tuas decisões. Buscar o Teu Reino em primeiro lugar nos fará bem-sucedidos em tudo!
Aviva-nos para Te amarmos melhor. Coloca-nos também para fazer o que tens determinado como nossa missão. Assim, o Teu Reino não sofrerá com a nossa falta de atenção. O Teu querer tem de ser o nosso, para que sejas ricamente glorificado. Protege-nos, Deus!