A sagacidade do homem sem Jesus, mesmo que ele congregue em uma igreja, ou a lidere, é bem perigosa e ilude muita gente. Não foi à toa que Nabucodonosor se tornou o rei da Babilônia. Algumas pessoas usam vários meios para ser aquilo para o qual Deus não as chamou e, com isso, distorcem a obra divina e impedem a salvação de quem está caminhando para o Inferno.

O rei babilônico parecia onipotente, pois sempre conseguia o que queria. O seu alvo era beneficiar a si mesmo. Então, sendo uma autoridade, fazia tudo para ter seus desejos realizados. Nabucodonosor queria ser adorado como um deus! Pobre vida! Nem tinha noção das suas atitudes. Diante disso, para fazê-lo reconhecer seu erro, Deus o deixou viver no meio da floresta. Aquele rei passou a morar com animais selvagens, comendo capim e parecendo um monstro (Dn 4.29-33). Viver na desobediência traz consequências terríveis!

Quando o ego do soberbo rei estava bastante elevado, cercado de bajuladores e guiado pelo diabo, mandou levantar uma estátua sua, toda de ouro, para ser reverenciada. Para tal empreitada, não faltaram especialistas. Assim, foi marcado o dia da solenidade. Os que tinham cargos no reino estavam presentes, usando roupas extravagantes, prontos para ir ao limite da irracionalidade e adorar a obra da mão de homens. Aquele monarca se realizava!

Durante a consagração da estátua, ao som da música, todos tinham de se prostrar e, em alta voz, dizerem em uníssono: “Grande é o nosso rei, Nabucodonosor!”. Como alguém fora de controle, o rei inchava-se com aquele culto do diabo, e até o próprio inimigo ria daquilo. Eram milhares de pessoas, ou talvez milhões, pois a cerimônia ocorria em todo o reino. As homenagens eram rendidas ao pobre infeliz que se achava deus. Só os jovens hebreus não cumpriam tal ritual, porque só se dobrariam diante do verdadeiro Deus!

O rei amava aqueles rapazes, pois eram talentosos e fiéis ao Senhor. Porém, ao ouvir que nenhum deles havia se dobrado, a fúria de um deus mentiroso surgiu no seu coração, e mandou trazê-los à sua presença. Essa seria uma grande provação para os servos tirados de Judá. Ao vê-los, Nabucodonosor utilizou-se de uma estratégia inerente aos mais sagazes: indagou-lhes se eles não se dobraram de propósito. A resposta foi sincera e definitiva, e causou a ira daquele líder!

Os jovens passariam pelo último “teste” para serem aprovados pelo Senhor. Eles fitaram o rei e se negaram a agir contra o verdadeiro Deus. Embravecido, o rei ordenou que se tocasse a música de novo. Se não se rendessem à adoração da estátua de ouro, seriam lançados na fornalha acesa sete vezes mais do que o normal. Diante da ameaça, os moços declararam: Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei (Dn 3.17).

Os servos de Deus continuaram: E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste (Dn 3.18). Eles foram jogados na fogueira com todo o furor do rei, mas Deus lhes fez companhia, e nada sofreram. Quem se dobra a outros deuses se queima. Por não terem mentido, tiveram o livramento. Seja verdadeiro!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares