Cristo mostrou que era o Filho de Deus ao interpelar os escribas sobre o motivo de terem arrazoado mentalmente, após Ele ter perdoado os pecados do paralítico. De fato, o homem não podia ter dúvida quanto à origem do Nazareno. Ora, o tempo todo, ao mirá-Lo, os escribas nada viam de errado nas declarações e nos feitos do Senhor. Veja bem: quem não quer se curvar diante do Altíssimo rejeita a Verdade.

Com a Sua atitude, Jesus mostrou que era um com o Pai. Sabemos que são três pessoas distintas e separadas na Santíssima Trindade, mas um único Deus. Há quem diga que o Altíssimo uma hora é Pai, na outra, o Filho e, em outros momentos, o Espírito Santo. Mas não é assim. No batismo de Jesus no Jordão, vemos os Três agindo juntos (Mt 3.16,17).

Os escribas não podiam entender a obra divina, mesmo sabendo o que Isaías dissera a respeito do Messias: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9.6). Por isso, eles erraram ao questionar a ação de Jesus na vida do paralítico, o qual estava naquele estado. Porém, fora salvo e curado.

Aquele homem ouviu a declaração que todos desejam ouvir: seus pecados estão perdoados. A partir de então, pôde crer que, se a bênção mais importante lhe fora dada, a menor também seria. Essa é a mais pura verdade. Se Deus colocou os nossos pecados sobre Cristo, como não colocaria as doenças e enfermidades? Ora, já fomos sarados pelas Suas feridas.

Isaías falou desse suplício, dizendo: Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados (Is 53.4,5). Temos ou não o direito de reivindicar a cura de qualquer mal?

Por que tentar argumentar sobre esses e outros assuntos, se Deus foi tão claro ao afirmar que, pelas feridas de Jesus, fomos sarados? É preciso pregar essa mensagem pelo mundo. Desse modo, as pessoas entenderão que Cristo é o verdadeiro Substituto. Ele veio e sofreu em nosso lugar para não padecermos. Com a morte, vivificação e ressurreição do Salvador, o diabo não pode mais tocar em nós. Somos libertos!

O homem jamais conseguirá encontrar o Senhor em outro lugar, a não ser nas Escrituras. Entretanto, quem ouve a Palavra e crê nela, de um momento para o outro, toma a decisão de receber Jesus como Salvador. Assim, o diabo não pode mais operar na vida dessa pessoa. No Senhor, somos completamente salvos, perdoados e libertos.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares