A questão da primogenitura, com a respectiva bênção, já estava resolvida. Afinal, a justiça foi feita! Para que se cumprisse a promessa de Deus, a batalha agora era outra. Isaque sabia que Jacó teria de se casar. Mas, se fizesse como seu irmão Esaú, a bênção poderia estar comprometida. Por seus atos, o primogênito provou não ser um homem com bons propósitos. Além de ter desrespeitado as direções da família, ele se casou com mulheres de outros povos. Tudo isso causou grande amargura para sua mãe, Rebeca.
Imagine se Esaú tivesse sido um dos ancestrais de Jesus em vez de Jacó? Esaú não só mostrou insubmissão aos seus pais, como também ao plano celestial em relação à salvação da humanidade. A nossa sorte dependia das atitudes de Jacó até sobre quem seria sua esposa. A luta entre os irmãos era tão séria que começou ainda no ventre de Rebeca. No entanto, o Senhor já havia decretado que o maior serviria ao menor. Por isso, foi dado a este o nome de Jacó: suplantador. Aleluia!
A ameaça feita por Esaú de matar o irmão, assim que o pai deles morresse, espalhou-se e chegou ao conhecimento de Isaque. Por tal motivo, o patriarca chamou Jacó e o abençoou para que fosse à casa do pai de Rebeca e se casasse com uma das filhas de Labão, seu tio. Ele agiu prontamente e caminhou em direção a Padã-Arã: planície de Arã, cerca de 750km de Berseba. Com a bênção de Isaque, Jacó andou por terreno hostil, porém seguro.
Ao enviá-lo àquela região, Isaque ordenou-lhe que não tomasse mulher entre as filhas de Canaã. Caso não seguisse essa orientação, a descendência dele seria criada sem a unção e o conhecimento de Deus. Com isso, o plano de redenção para a humanidade seria prejudicado. Nossos filhos recebem a salvação que alcançamos e a mesma missão dada pelo Senhor, por isso não podem se desviar do Caminho.
Isaque estava ciente de que Jacó seria o herdeiro da bênção vinda de Abraão, a qual acompanharia todos os descendentes. Da mesma forma, o que Deus nos tem feito deve ser passado como herança aos nossos filhos. As futuras gerações têm de fazer o mesmo, a fim de não ser interrompido o plano do Altíssimo. Muitas coisas ainda serão reveladas!
Visto que fazemos parte do Corpo de Cristo, devemos ensinar a Verdade aos nossos descendentes. Assim, quando forem constituir família, o que é natural, agirão do mesmo modo com seus filhos. Não somos do mundo, por isso é desnecessário nos preocuparmos com o que comeremos ou vestiremos amanhã (Mt 6.25), ou ficarmos tentados a ir morar em um país até próspero, sem que recebamos uma ordem do Pai. Ele tomará conta de nós!
O importante é sermos obedientes a Deus, sem nos envolver com o brilho do mundo, porque tudo passa, inclusive os desejos desenfreados. Quem faz a vontade divina permanecerá para sempre (1 Jo 2.17). Antes de tomar qualquer decisão, verifique se ela irá separá-lo do amor de Cristo ou faz parte do plano da redenção.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Pai celestial! O que seria de nós se os que foram chamados para fazer parte do Teu plano tivessem amado o mundo? Tudo passa, mas quem cumpre o Teu querer não se arrependerá ao ver o fim do mundo!
Somos gratos por teres dado condições aos patriarcas de viver para Ti. Graças Te damos também pelos sete anos que Jacó serviu a Labão por amor a Raquel. Mesmo tendo sido enganado, serviu ao sogro por mais sete anos.
Não importam as lutas pelas quais passamos e outras maiores que poderemos enfrentar. Teus olhos nunca serão retirados de nós. Assim, obteremos a vitória no Dia final, quando as nossas contas provarem que estávamos certos, porque não atendemos ao diabo!