Por causa da armadura usada para guerrear, Golias assemelhava-se a um monstro de metal. Ele tinha também caneleiras de bronze por cima dos pés, um escudo de bronze entre os seus ombros, e a haste da sua lança era semelhante ao eixo de tecelão, cuja ponta pesava cinco quilos. Diante desse indivíduo, que mais parecia um robô, ia o seu escudeiro para protegê-lo de algum objeto que, porventura, lhe fosse arremessado. Esse era o herói dos filisteus a ser enfrentado por Davi.
Golias era filisteu, povo que procurava, a qualquer custo, riscar Israel do mapa. Eles não se davam por satisfeitos até se apropriarem da terra que manava leite e mel (Êx 33.3). De igual modo, quem serve ao diabo faz tudo para tomar a bênção dos servos de Deus, por isso é preciso estar em comunhão com o Pai celestial; assim, as tentativas do inimigo serão anuladas. Se o cristão tiver algum pecado não confessado, nunca conseguirá resistir ao mal (Is 59.1,2).
Durante os 40 anos de reinado, podemos dizer que Saul, não teve sossego em relação aos filisteus – povo oriundo da ilha de Creta, que se estabeleceu no Oriente Médio, ocupando a parte oeste de Canaã. Não havia nada de errado nisso, até porque, não ocupando toda a terra que lhes havia sido destinada, ela se tornaria espinhos para eles. O erro dos israelitas foi aparentar-se com os povos de lá, dando em casamento seus filhos e suas filhas. Eles não amavam o Senhor!
Os filisteus conseguiram treinar Golias para ser o principal oponente deles, já que esse soldado tinha quase três metros de altura (1 Sm 17.4). Depois, deixaram-no como um robô por causa das armaduras que vestia, e ainda contava com um escudeiro, que ia à sua frente para neutralizar qualquer objeto que lhe atirassem. Com isso, ficava quase impossível alguém enfrentá-lo. Os soldados de Israel não se ofereceram para lutar com ele, seria derrota na certa, mas Davi se apresentou para guerrear contra tal homem. Vigie!
Agora, os israelitas estavam com problemas. O gigante deu ao exército do povo de Deus a opção de alguém entre eles tentar vencê-lo. Se esse desafio fosse aceito naquele momento, os israelitas seriam derrotados. A confiança dos filisteus era tão grande que, durante 40 dias, o rei Saul ficou em silêncio, pois sabia do perigo de perder aquele embate. Quando não se sabe o que falar, é sábio ficar em silêncio. Porém, Davi foi a resposta da oração feita por Israel ao Senhor!
Hoje, ler sobre o resultado dessa peleja travada pelo jovem filho de Jessé nos enche de emoção e fé. Pela primeira vez, um rapaz franzino desafiou um guerreiro acostumado aos campos de batalha. A altura de Golias em relação a Davi era desproporcional: o filisteu com quase o dobro da altura enfrentaria Davi, de pouco mais de 1,60m, estatura média dos israelitas. Vigie!
Naquele dia, haveria combate, pois, quando Golias desafiou o povo do Senhor, ninguém tremeu, e esse fato chamou a atenção desse filisteu. Então, apareceu Davi, jovem ruivo, pequeno e de boa aparência, e isso foi considerado uma afronta para Golias. Davi foi chegando-se ao inimigo, e este se achegava a ele. O que se ouviu alegrou Davi, o qual, mesmo tendo sido amaldiçoado pelo gigante, poderia contar com o socorro do Senhor (Gn 12.3).
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Senhor dos desafios! O gigante não Te conhecia nem sabia que, ao amaldiçoar o povo que confia em Ti, seria amaldiçoado pelo que estava escrito. Ao ouvires que Golias dizia impropérios acerca daquele que aceitou o seu desafio, Tu responderias às injúrias!
O Teu povo precisa entender os direitos obtidos em Ti. Desse modo, jamais tropeçará nem responderá ao agressor. Davi seguia firme ao encontro do gigante e convicto do seu êxito. O servo de Deus não perde as lutas, pois conhece as Tuas promessas!
Não temos de nos submeter aos caprichos do diabo, pois vem de Ti a decisão final em tudo. Davi tinha o direito de clamar pela vitória, porque, além de estar sob o ataque filisteu, a quem nada devia, estava a Teu serviço. Pai, obrigado!