O rei Davi proferiu essas palavras quando se reuniu com Jônatas, filho de Saul. Davi percebia um ódio tamanho nos olhos do rei e entendia que ele estava pronto para lhe tirar a vida. Aquele sentimento terrível só aumentava. Como Saul pôde se encher de inveja em relação a Davi, o jovem que havia tirado a vergonha que os filisteus trouxeram a Israel por intermédio do presunçoso e afrontoso Golias (1 Sm 17)? Muita gente hoje tem agido dessa maneira!

Em um dos seus ensinamentos, o Senhor explicou o que acontece com quem é liberto de um espírito imundo, mas não se enche da presença de Deus: Então, vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má (Mt 12.45). Quem não aceita as decisões do Céu cai nas mãos do diabo. 

Davi falou da sua aliança com Jônatas mediada pelo Altíssimo. Precisamos pactuar de forma parecida, pois aqueles que estão em aliança com o Senhor nunca trairão o seu amigo, seu cônjuge nem seu sócio nos negócios. Quem se aventurar a quebrar o que foi acertado pagará caro em vida e, depois da morte, sofrerá o prejuízo eterno. Quanto ao ofendido e envergonhado, bastará clamar a Deus, para que faça algo com o violador do pacto.

Alguém que decidiu desrespeitar a aliança do casamento, se não se arrepender nem procurar o seu cônjuge para lhe confessar tudo, sofrerá as consequências desse ato (Mt 5.25,26). O fato de um delito ter sido prescrito não isenta quem o praticou de reconhecê-lo. Na lei dos homens, costuma haver prescrição para o direito de punição, mas não na de Deus. Ninguém que fez uma pessoa sofrer ficará impune (Gl 6.7,8).

A Palavra é clara ao dizer que há dez grupos que herdarão o suplício eterno: Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus (1 Co 6.10). Misericórdia! Não se pode zombar do Deus da Aliança (Gl 6.7). Cuide-se para não permanecer no pecado!

Davi era inocente, por isso pediu que Jônatas o matasse ali mesmo, caso tivesse traído ou lesado o rei. Davi jamais desejara algo ruim para o ungido do Senhor, mas, por puro ciúme e maldade, Saul o perseguiu com ódio mortal. Por que o rei não se arrependeu? Por que há cristãos sofrendo tanto e não confessam a quem se aliançaram? Eles precisam tomar uma decisão, pois Deus agirá!

Eles haviam entrado em aliança do Senhor e, por certo, a parte errada pagaria a conta. Saul perdeu a vida na batalha contra os filisteus, e três dos seus filhos morreram também. O próprio Jônatas faleceu junto ao pai (1 Sm 31.1-4). Eles poderiam ter tido um final feliz. E você?

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares