Abimeleque, rei dos filisteus, era um homem poderoso. Ele usava de modo escuso para tomar de Abraão o poço que este cavara, graças à ajuda de Deus, para encontrar água. Ao procurar o patriarca a fim de lhe propor um acordo de paz, pois via que Deus o abençoava em tudo, foi repreendido pelo servo do Senhor. Muitas vezes, temos de agir de maneira mais firme, porém com sabedoria, com aqueles que tentam ser espertos conosco.
O fato de o rei ter essa atitude mostra que temia o que poderia lhe acontecer, caso Abraão decidisse ir contra ele. Evidentemente, os pastores do monarca não usaram a força por conta própria para tomar aquele poço. Examinando a razão dos seus servos não terem tido sucesso em cavar poços e os do patriarca terem sido bem-sucedidos, o rei pressentiu estar perdido se Abraão decidisse retomar o que era dele.
Quem andar em comunhão com o Altíssimo sempre será vitorioso, desde que tenha a direção do Alto. A notícia do que ocorreu no Egito fez todos temerem o homem que era amigo de Deus. Depois, Abraão despediu Agar com o filho, enviando-os para o deserto apenas com pão e água (Gn 21.14). O relato dela de que só não morreram naquele lugar inóspito, porque o Senhor ouviu a oração do menino, fez Abimeleque tremer diante daquele que tinha a bênção.
Da mesma maneira, muitos nos procurarão por acordo ou com propostas indecentes, querendo levar vantagem em tudo. Ora, se somos procurados, devemos pedir sabedoria para “dar as cartas”. Afinal, quem tem a bênção e caminha com Deus, ao ouvi-Lo, deve mostrar que a graça divina não nos foi dada à toa. Certamente, o Onisciente tem um propósito bem maior em nos ter levantado neste tempo.
Abimeleque deveria compreender que não estava na presença de alguém igual a ele e Abraão não era como os homens mentirosos, mas estava diante de Deus. Veja bem, qual será a lição que você dará aos perdidos a respeito da salvação e da sua posição diante de todas as coisas? Se aceitar propostas indecorosas, não terá o auxílio celestial quando precisar.
Todo servo de Deus deve correr do lucro imediato, pois é isso que o diabo lhe oferecerá. O maligno pressente o que nos acontecerá por servirmos ao Senhor e logo vem com suas propostas perniciosas. Ele fez isso com Jesus no deserto, após o Mestre ter jejuado 40 dias e 40 noites, sugerindo-Lhe que ordenasse às pedras que se transformassem em pães, e foi repreendido de pronto (Mt 4.1-4). Mais tarde, o Senhor disse que só agia de acordo com o que via o Pai fazer.
O rei filisteu queria um acordo para ele e seus descendentes não serem incomodados por Abraão. O patriarca fez o pacto, mas do jeito de Deus. É bom viver bem com os vizinhos, os “donos da terra”. Quando precisarmos de algo, orando e crendo, seremos atendidos por quem é poderoso para fazer mais do que pensamos ou imaginamos.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Senhor, Dono da bênção! Naquele dia, usaste aquele que tinha a bênção para fazer o bem a quem pensava ser o dono da terra. Vendo a Tua graça sobre Abraão, o rei sabia que estaria perdido se o Teu servo resolvesse recuperar o que por direito era dele.
Em nossas jornadas pelo sul, ou pelo norte, encontraremos pessoas que nos invejarão e nos procurarão por acordos. Que, assim como Abraão, Teu servo, saibamos Te servir com a Tua sabedoria e temor. Temos de estar conscientes de que servimos à Verdade.
Que jamais recusemos ou desprezemos a Tua assistência! Em tudo o que nos acontece, está a Tua mão pronta para operar. Precisamos aproveitar as oportunidades e as bênçãos. Tu nos tens preparado para mostrar o quanto vale Te temer!