Na eleição dos juízes de Judá, Josafá contou com a orientação do Senhor. Assim como os pregadores, os juízes precisam ter a aprovação divina para trabalhar, pois dignificarão a nação e mostrarão o tipo de pessoa pelo qual os habitantes dessa nação serão conhecidos. Uma boa escolha faz a diferença na formação do caráter do povo, e isso reverberará no comportamento de todos, inclusive no dos residentes estrangeiros.

O rei não elegeu a totalidade dos levitas, mas aqueles que se ofereceram para servir a Deus com alegria e amor. Do mesmo modo se conhece o caráter dos obreiros prestes a se tornarem pastores, os quais devem fazer a obra sem interesse próprio, cuidar dos novos na fé e interceder pelos pecadores, tendo o Espírito Santo como Guia. Isso Deus mostra!

A mesma medida usada por Josafá, a fim de eleger os sacerdotes, também deve ser praticada na escolha dos obreiros. Aqueles que mais chamaram a atenção de Josafá dedicaram-se totalmente ao seu sacerdócio. Talvez alguns tenham auxiliado o rei a diferenciar os sacerdotes comprometidos com a obra daqueles que agiam com negligência. A natureza domada de alguém demonstra como Deus age na vida de quem tem uma fé vigorosa!

Josafá também selecionou alguns dos pais de Israel, pessoas casadas que já tinham a vontade expressa pela maturidade demonstrada e faziam a obra com diligência. Saber criar e educar uma família é uma graça de Deus, e qualquer membro dela, quando colocado em uma função como a de juiz, nunca fará algo que envergonhe os seus, tampouco o Senhor, pois sabe distinguir o bem do mal.

Os juízes teriam uma função dupla: evangelizar o povo, para que tivesse temor ao Senhor, e julgar os insubordinados. Os escolhidos por Deus atuariam sobre o juízo dEle, por isso precisavam dar bom testemunho para os de fora e os pertencentes à igreja. É preocupante a eleição de indivíduos que não temem o Altíssimo. Se lhes forem dados maiores encargos, poderão cometer fraudes, condenar inocentes, ou até agir como ditadores, sem respeitar a lei.

O rei fez os juízes entenderem a responsabilidade eterna do cargo que receberam, a qual poderia lhes acrescentar alguma retribuição na coroa da justiça, a ser dada pelo Senhor a quem cumprir bem a sua missão (2 Tm 4.8), ou ser condenado por não ter observado o seu dever, como a Palavra prescreve. 

Jamais podemos esquecer o seguinte: temos de servir a Deus do modo como está escrito e não como achamos. Somos servos e não passamos disso. Cumprida a dupla etapa, o rei e a sua comitiva voltaram a Jerusalém. Os juízes empossados estavam aptos a julgar o povo. Isso agrada a Deus!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares