Vou começar falando do versículo anterior a este, o qual trata de homens malignos. Eles são definidos assim porque praticam o mal e não se envergonham de contar isso com satisfação. Outros parecem com os chamados “santos do pau oco”: têm cara de piedoso, conversa mole e agradável, mas são bastante perigosos. As pessoas cujo prazer é fazer coisas erradas não deveriam estar na lista dos nossos amigos.

Pelo modo de falar das coisas feias e indecorosas que praticam, os ímpios levam os fracos a desejarem estar com eles, pois pintam o erro como algo bom que todos devem experimentar. Ora, quem é do bem não age dessa maneira, porque sabe da existência do Céu para se ganhar e do Inferno para se evitar. Jamais quero estar com os homens malignos, nem em pensamento.

Nos dias do apóstolo Paulo, um discípulo o abandonou, amando o presente século e indo para Tessalônica (2 Tm 4.10). Temos visto pessoas fazerem o mesmo hoje. Elas estão trocando a felicidade eterna pelos prazeres da porta larga. Porém, um dia, quando derem por si, verão que esse caminho não deve ser trilhado, porque o leva à perdição. O que elas farão quando tudo acabar?

O desvio começa quando o cristão tem inveja dos praticantes do mal, apreciando o tipo de vida deles, vendo-os e ouvindo-os. Esse tipo de “salvo” já está bem adiantado em direção ao lago de fogo e enxofre, por se alegrar com o pecado. Em pouco tempo, ele se entregará ao desejo de estar no meio dos perdidos e não verá mais a diferença entre o que é bom e a vida de lixo que terá.

As pessoas malvadas, homens ou mulheres, são propagandistas das mercadorias do Inferno e, por isso, conseguem corromper os néscios de espírito e levá-los a se entregarem ao diabo. Por que alguém experimentaria o fogo do inimigo e se queimaria, se pode beber da água dada por Jesus e se salvar por inteiro? O que fará quem se envolve no erro, depois de passar o curto espaço de tempo aqui na Terra? Misericórdia!

Nunca permita que a inveja dos homens maus alcance a sua vida, porque, no final, constatará que a sua escolha não foi boa. Judas Iscariotes teve o privilégio de ser um discípulo de Cristo, aprendendo a fazer o bem e vendo o Senhor derrotar todo tipo de demônio. O próprio Judas pregou a Palavra e libertou pessoas, mas cobiçou aqueles que nunca deveriam ser invejados – os corruptos – e tornou-se ladrão e traidor. Onde ele se encontra hoje?

Você foi chamado para fazer parte do Corpo de Cristo, por isso fique longe daqueles cujo coração medita a rapina, e os lábios falam maliciosamente. Pare de olhar para os perdidos e volte-se ao Senhor. O mais importante é amar a Deus com toda a sua alma e o seu coração. Assim, será amado pelo Pai e pelo Filho!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares