Com as suas ações pecaminosas, Judá havia extrapolado o limite da paciência divina. A terra que deveria ter sido um exemplo de obediência tornou-se uma afronta à santidade do Senhor e, por isso, seria levada em cativeiro. O mesmo ocorrerá com os salvos que se deixarem corromper e não atenderem aos clamores do Santo Espírito para que voltem à comunhão. Pessoas assim desprezam a grande obra feita no Calvário e não ouvem a Palavra.
O quebrantamento deles era mortal, e a chaga que a rebelião fez neles era dolorosa; assim, o povo de Deus não voltava aos pés do Senhor. A prosperidade é um dos grandes perigos que ronda os salvos, pois, na abundância de bens, muitos se deixam levar por várias tentações, e o resultado é sofrimento sobre sofrimento. O que Deus podia fazer por um povo que não se emendava, mas, a cada dia, afastava-se dEle? Será que o mesmo não acontece com você?
Não havia um que defendesse a causa deles; ao contrário, muitos ajudavam a afundá-los mais no pecado. O rei, os sacerdotes e demais autoridades não emendavam o seu procedimento; com isso, a maioria sequer queria saber do Senhor e da Sua Palavra. Um povo que foi tirado do cativeiro com a mão forte de Deus, agora, recusava-se a servir Àquele que o libertou. Jeremias e outros servos de Deus não eram ouvidos, e sim perseguidos.
Eles precisavam ser curados e libertos da loucura em que se encontravam, mas, infelizmente, não usavam o remédio divino – o arrependimento. Os seus emplastos não surtiam nenhum efeito. A quem recorrer? Ao Egito? Ora, essa nação, que era símbolo do pecado, não possuía condições de reverter a ordem do Senhor, o qual havia entregado os Seus a Nabucodonosor, rei da Babilônia, para que aprendessem a nunca mais transgredir contra Ele.
Aquele de quem procuraram ajuda nada podia fazer por eles. Os cultos viciados, praticados naquela terra, que jamais deveria ter visto um só deles invocar o demônio, levaram o Senhor a abandoná-los. Aquelas pessoas amavam o pecado, os ídolos e outras fontes malignas, mas foram deixadas pelos seus amantes. Assim acontecerá com quem despreza o Manancial de águas vivas e cava para si cisternas rotas, as quais não podem reter água alguma (Jr 2.13).
Quando o inimigo recebe permissão do Senhor, ele abre a ferida e ninguém pode curá-la. O castigo que sofreriam seria muito cruel, mas, mesmo sabendo que a advertência divina era real, eles não se voltaram para Deus. Por isso, foram para a Babilônia curtir 70 anos de vexame, sofrimento e dor. Se você tem se retirado da presença divina, volte o mais rápido possível, pois, se Ele entregar você ao inimigo, não haverá quem o livre.
Não se deixe levar pelas mentiras do diabo. Ter prosperidade não é sinal de que você está bem espiritualmente, nem mesmo milagres provam que Deus aprova sua má conduta. Se deseja ser feliz por toda a eternidade, achegue-se ao Pai. Fora do arrependimento, não há como evitar o juízo eterno nem se esquivar das aflições que lhe sobrevirão.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Senhor! Não queremos ser como o povo de Judá, que, mesmo sendo advertido, não buscou arrependimento, mas se encheu de más obras para Te afrontar e, então, foi levado para a Babilônia, onde pagou um preço bem alto.
Não havia quem pudesse defender a causa deles; porém, existe Aquele que pode nos defender: Jesus, que sofreu em nosso lugar para nos livrar da eterna condenação. Ele nos libertou do império da maldade e dos sofrimentos temporais, bem como do suplício eterno.
Não queremos remédios e emplastos dos homens, e sim a Verdade. Que a Tua mão nos tome e nos leve à Tua presença, onde abriremos o coração e confessaremos nossos erros e seremos perdoados.