Com a queda de Adão, o plano divino para a humanidade ficou paralisado e, com isso, Deus criou o instituto da salvação, em que o Seu próprio Filho veio para nos salvar da perdição eterna, pagando o preço que somente Ele tinha condições de pagar. A raça humana teve de ser preparada para esse dia, e os eventos precisaram ser cronometrados para que não houvesse nenhuma interrupção ou algo que pudesse adiar tal evento.

O que seria de nós, se Noé não tivesse sido um justo pregoeiro da Verdade, contaminando-se com a corrupção que havia em seu tempo? Aos olhos humanos, era loucura o que ele anunciava, mas não para Deus. Durante 120 anos, ele disse às pessoas que o mundo seria subvertido em água, e todos os que não entrassem na arca seriam mortos. Porém, elas o ridicularizavam, embora ele estivesse completamente certo (Mt 24.37-39).

A participação de Abraão no plano da redenção também foi de grande importância, pois ele lutou para que Sara fosse curada da infertilidade e, com idade avançada, pudesse engravidar de Isaque. Entretanto, quando tudo estava preparado, o patriarca deu ouvidos a ela, que se sentia sem condições de ser mãe, e teve um filho com Agar, serva de sua esposa (ver Gênesis 16). No entanto, Deus não desistiu de nós. Que lindo!

O Senhor protegeu Abraão no Egito, na casa de Abimeleque e por onde quer que ele andasse. Depois, Ele ouviu a oração de Isaque, o qual lutava para que Rebeca concebesse, e a resposta foi o nascimento de dois varões. Como o primogênito era o herdeiro, Esaú, ainda no ventre materno, passou na frente de Jacó e nasceu primeiro, mas, guiado pelo Senhor, o mais novo agarrou-se ao calcanhar do irmão, como se dissesse que o suplantaria um dia (ver Gênesis 25).

Temos como exemplo também a luta de Judá, quando seu filho uniu-se ao demônio, para que o Salvador não nascesse como deveria. Deus teve de matá-lo, e o irmão mais novo também inclinou-se ao plano maligno ao lançar sua semente na terra, e, de novo, a história se repetiu, e o Senhor o matou. Era uma batalha ferrenha do Inferno para que a salvação não se realizasse. A nora de Judá teve de se disfarçar de prostituta para o plano da redenção se cumprir (ver Gênesis 38).

O que parecia demorado estava para se cumprir. Isaías, cheio do Santo Espírito, invocou o Redentor para fender os Céus e descer, como descrito no versículo-tema desta mensagem. Essa promessa cumpriu-se 700 anos depois, com o nascimento de Jesus em Belém de Judá. Quando Cristo foi batizado nas águas, os Céus se abriram, o Espírito Santo desceu em forma de pomba sobre Ele, e o Pai falou dos Céus, apresentando-O como o Filho amado (Mt 3.16,17). Quase tudo estava pronto.

Agora, é hora de os montes se derreterem ante a face do Senhor. Embora o plano divino ainda não possa ser sentido em sua total realização, os eventos mostram que chegará o dia em que o povo salvo mostrará que Deus já cumpriu a redenção de todos. O mundo está sendo preparado para o momento da grande explosão do poder do Altíssimo.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares