Com a queda, o homem perdeu o poder de viver em equidade – tratar todos justamente –, passando a ser iníquo em suas ações. Sem o novo nascimento e o entendimento da Palavra, por mais que ele se esforce para fazer o bem, suas maiores obras de justiça são como trapos de imundícia. A iniquidade dos seus atos o afasta cada vez mais do Senhor, e os seus pecados encobrem os ouvidos de Deus para que Ele não ouça suas orações.

É triste a vida dos perdidos até o momento em que entendem o Evangelho e aceitam Jesus como Salvador. Vivendo sem Cristo, seus dias são sombrios, e seus esforços para encontrar a paz e a felicidade os fazem se sentir miseráveis e sofredores. Não há como eles viverem livres das perversas ações do príncipe das trevas. A verdadeira conversão por meio do arrependimento completo e verdadeiro é o único modo de se livrar da autoridade do maligno.

Por outro lado, quem recebeu Jesus e se mantém firme na fé, sendo praticante da Palavra, é bem-sucedido no que faz. É evidente que temos de vigiar e orar para não cairmos em tentações. Muitos servos do Altíssimo retornaram para o mundo, entregando-se novamente ao diabo. O cristão que não vigia, sem dúvida, voltará para o chiqueiro do demônio. Já os que andam com Jesus vencem sempre.

Os salvos tornaram-se membros do Corpo de Cristo e não estão mais separados do poder de Deus, desde que cumpram as ordens do Mestre. Ninguém deve desrespeitar as proibições bíblicas, pois, se o fizer, verá que se desligou do Altíssimo e desprezou todas as Suas promessas. Quem abandona o Caminho vive dirigido e dominado pelos demônios, os quais o tentaram e venceram.

Não somos estranhos ao Concerto do Senhor feito com o homem no sangue do Cordeiro, mas, sim, proprietários por herança não só do que foi prometido a Abraão, mas também das promessas encontradas nas Escrituras. O novo nascimento nos restitui o direito de andarmos com o Pai, pois Cristo nos fez filhos dEle; com isso, estamos salvos das obras do maligno. Em Jesus, aquele que crê vive vitoriosamente, mas quem não crê só vê sofrimento.

Um fato importante é que não somente somos a esperança de Deus para o cumprimento do Seu plano, como também cremos que tudo o que a Palavra registra nos pertence. Viver em santidade não é um mandamento opressor, e sim uma abençoada experiência, porque, livres do espírito da sensualidade, descobrimos o que de verdade significa amar o próximo e respeitar os votos do casamento. É lindo andar com o Senhor, pois vivemos sem condenação.

Agora, temos o Altíssimo ao nosso lado por onde quer que andemos e, portanto, nenhum mal nos sucederá. Como Seus servos, temos a solução para os males que oprimem a nós e as demais pessoas. Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, dando exemplo do que é servir ao Pai celeste. Jamais se envolva com o pecado, pois você foi feito rei e sacerdote para Deus (Ap 5.10).

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares