Ezequiel pode ser considerado o profeta do Evangelho, pois o que escreveu fala a respeito da redenção eterna realizada por Jesus em Sua morte no Calvário, dizendo que Deus purificaria o Seu povo da imundícia. Judá se negou a dar ouvidos a Jeremias. Este pregava contra a sujeira que fazia esse reino ser infamado e, por isso, o povo de Jerusalém foi levado para a Babilônia (Jr 1.3). Já Ezequiel pregou aos cativos, os quais foram banidos para se purificar da sua maldade naquele país prostituído de falsos deuses.

Há muita gente hoje na mesma situação de Judá, que viu nas três deportações feitas pelo rei babilônico o quanto dói não atender ao que o Senhor diz em Sua Palavra. Para Ezequiel, o qual ministrou na Babilônia aos deportados por Nabucodonosor, o povo poderia voltar a ser feliz pela obra a ser feita um dia. O profeta se referia à purificação da imundícia dos israelitas, quando o Filho de Deus tomaria o lugar deles e sofreria a vergonha da sua infâmia.

A Palavra enviada pelo Altíssimo aos habitantes de Judá já os tinha purificado, mas desprezaram esse fato e não aproveitaram a oferta divina. Resultado: continuaram na sua imundícia. Diz o Senhor que Jesus nos substituiu, sofrendo nossas iniquidades: Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos (Is 53.6). Agora, quem aceita Cristo se livra da desonra!

Muitos membros de igrejas ainda não se purificaram, pois deixaram de tomar para si a obra que custou a morte do Filho de Deus. Aquelas pessoas de Judá que recusaram a obra de purificação feita em favor deles nunca mais seriam limpas da sua imundícia, pois o tempo do cativeiro seria de 70 anos. E, assim, morreriam na Babilônia, antes que o remanescente voltasse para reconstruir o templo. Creia na Palavra!

Ora, aqueles que não se purificarem no tempo da visitação de Deus, quando sentirem o desejo de ir até Ele para receber o perdão de seus pecados e a santificação feita pelo Santo Espírito, jamais chegarão ao lugar de paz e liberdade. Porém, os que morreram no cativeiro do pecado jamais se livrarão dessa condição, apesar de Jesus ter pagado o preço da plena salvação. Lembre-se: quem morreu no cativeiro também não voltará.

No retorno do Filho de Deus, quando a última trombeta tocar, os salvos estarão à Sua direita e serão convidados a entrar e possuir o Reino preparado para eles desde a fundação do mundo. Agora, os impuros, à figura dos israelitas que não acreditaram no Senhor, serão ordenados a marchar para o lago de fogo e enxofre, de onde jamais sairão. Todos devem se limpar no sangue derramado por Jesus Cristo, ou não serão redimidos (Mt 25.31-46). 

O Pai espera que cada um de nós aceite a obra realizada em Jesus para a redenção da humanidade. Com isso, a Sua indignação continua sobre quem ainda não declarou a sua entrega a Cristo. Nessa decisão ninguém pode influenciar ou ajudar. O que você fará?

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares