Tanto os anjos como os homens têm o privilégio de servir a Deus, porém não de modo igual. Os homens servem ao Senhor pregando o Evangelho e rejeitando qualquer mal que os aflija. Os anjos são espíritos ministradores que operam em nosso favor (Hb 1.14). Porém, eles nunca devem ser ministrados nem receber agradecimentos pela obra feita em nosso favor. Nenhum deles aceitará a adoração, porque isso configuraria adultério. Só Deus deve ser adorado.

Quando João estava recebendo o Apocalipse, havia um anjo de Deus que lhe revelava o que estava para acontecer. Ao finalizar, enquanto falava de Jesus em Sua glória à frente do exército celestial, o apóstolo se deixou levar por uma iniciativa antibíblica e caiu de joelhos diante do mensageiro celestial para adorá-lo. Porém, o ser angelical disse-lhe que não fizesse aquilo, porque era seu conservo (Ap 19.10). Só Deus pode ser glorificado!

Sem dúvida, os anjos do Senhor não participam da natureza humana, mas sabem dos limites que lhes foram impostos. Como servos de Deus, devemos observar os mandamentos dados pelo Pai e não ultrapassá-los, até mesmo nos momentos de oração. Ora, não ficará impune quem for além dos preceitos divinos. É nosso dever conhecer as Santas Escrituras. Vigiar e orar faz muito bem!

Também é bom recusar honrarias das pessoas do mundo. Muitas vezes, elas fazem isso sem maldade; porém, com amor, temos de lhes ensinar sobre a conduta correta dos filhos de Deus. Por outro lado, é triste ver quem recebeu o chamado ministerial ingressar para a política, tratando das coisas deste mundo, e outros com as mãos sujas. Obedecer à lei do Senhor e ao Seu testemunho dado em Sua Palavra é o grande segredo (Is 8.20).

Eis o nosso maior desejo: ver a alva, o nascer da nova terra, onde viveremos para sempre. Isso só acontecerá se observarmos a santa Palavra e mudarmos o nosso proceder. Então, contemplaremos o Dia glorioso. Deus há de nos ajudar de modo poderoso, por isso temos de estar sempre prontos para subir com Ele. Só quem perseverar será admitido no Reino eterno!

Os anjos são como o vento, o qual não se sabe de onde vem nem para onde vai. Eles têm a autoridade para penalizar aqueles que não acreditam nas revelações. Veja o que ocorreu quando Gabriel falou com Zacarias, no seu turno de sacerdote: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas. Todavia ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas coisas aconteçam (Lc 1.19,20). Creia naquilo que Deus o faz entender na Bíblia!

Os ministros do Evangelho se tornam um fogo abrasador, pois Deus os faz assim. Portanto, ao ministrarmos sentindo a unção divina, os demônios e os males que afligem o povo não suportarão a nossa ordem para que saiam das pessoas. Ato seguinte é crer e ordenar que todos assumam o que lhes foi dado.  

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares