A vida de Abraão era observada com atenção por aqueles que ouviam falar dele, pois, onde ele colocava a mão, a bênção do Senhor se manifestava. O seu sucesso mexeu com Abimeleque, o qual usava os seus pastores para apropriar-se de um poço de água cavado pelos pastores de Abraão. A atitude do patriarca levou o rei dos filisteus a lhe propor o pacto, citando o bem que lhe havia feito antes.
A notícia do que ocorreu no Egito, quando Faraó tomou a mulher de Abraão e foi repreendido pelo Todo-Poderoso, correu por todos os cantos (Gn 12.17). As pessoas ficavam impressionadas com a aproximação que Abraão tinha de Deus, por isso entenderam que contender com ele, por qualquer motivo, não era boa coisa. Afinal, se ele orasse, o Onipotente viria em seu auxílio. Então, o melhor a fazer era entrar em aliança com quem estava aliançado com Deus.
Anos antes dessa proposta, o demônio que entrara em Faraó e o fez tomar Sara, a mulher de Abraão, para si fez o rei dos filisteus agir de igual modo (Gn 20.2). No entanto, quando o rei filisteu pegou Sara para ser sua mulher, foi advertido em sonho pelo Altíssimo de que era homem morto pelo que havia feito. Assim, antes de tocar nela, devolveu-a. A aliança de Abraão com Deus o protegia até esse ponto. A aliança que temos com Ele nos protege também.
Abraão enriquecia muito, pois tinha a bênção divina. O seu erro com Agar, que lhe deu Ismael, o qual não era o filho prometido, aborrecia-o, porquanto o garoto caçoava de Isaque. Em uma inacreditável decisão, ele despediu Agar, com o filho, dando-lhes pão e um cantil de água, e ela andou errante pelo deserto de Berseba (Gn 21.14). Só não morreram por causa da oração do menino. Esse fato fez todos temerem o homem que era amigo de Deus. Aleluia!
Por outro lado, outra situação desagradava o patriarca e, a qualquer hora, iria levá-lo a posicionar-se contra os filisteus. O rei fazia vistas grossas ao tratamento que seus pastores davam aos de Abraão, tomando-lhe o poço de água. Porém, ao ver como ele crescia, o rei filisteu se encheu de medo e, com o comandante do seu exército, procurou Abraão para firmar um pacto com ele antes que fosse tarde demais.
Abraão soube negociar as cláusulas do acordo e, com sabedoria, mostrou-lhe sua insatisfação com as atitudes dos pastores do rei. Na verdade, Abimeleque sentiu o que lhe poderia acontecer, caso Abraão usasse a força para responder aos prejuízos sofridos. O rei experimentaria um prejuízo maior, pois tinha ouvido a respeito dos quatro reis que despojaram Sodoma anos antes.
Fingindo não saber sobre a postura de seus pastores, o rei propôs um pacto no qual Abraão juraria por Deus que a ele, a seu filho e a seu neto faria beneficência, como havia feito anos antes. A conciliação foi realizada em uma cerimônia solene e séria. Que sábia lição!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Senhor, nosso Amigo! Quando Abraão sentia os Teus toques, ele Te obedecia. Quando ordenaste que ele saísse da terra onde habitava, a casa de seu pai, e fosse para um lugar que lhe seria mostrado, ele não titubeou e provou ser fiel a Ti. Aleluia!
Queremos ser assim, pois não há dúvida de que o Teu plano é o melhor para a nossa vida. Precisamos aprender a Te ouvir e Te atender. Ensina-nos o Teu temor e, então, vamos Te servir com alegria e dignidade.
Que os reis deste mundo aprendam a ver que temos algo que eles não possuem. Somos pessoas em quem podem confiar. Eles precisam deixar de orquestrar maldades contra nós. Com o Teu favor, seremos uma bênção para todos aonde formos. Nós Te amamos!