Isaías, o profeta mais iluminado das Escrituras, segundo a maioria dos teólogos, diz que cantaria ao Seu amado. Essa oportunidade de bendizer o Criador é dada àqueles que O amam e são gratos pelas Suas bênçãos (Sl 150.1,2). Erra muito quem sabe que Deus o ajudou, porém não entrega a Ele o devido louvor. Ora, essa pessoa, ao precisar de algo, gostará de constatar que nada lhe será concedido?

O filho de Amoz declarou que entoaria o cântico do seu querido, e não uma canção isolada, sem a inspiração do Espírito de Deus, a qual jamais seria recebida como agradecimento pelas dádivas obtidas. Aquilo que provém do homem não tem valor para o Altíssimo. No entanto, quando Ele nos inspira, o louvor sai em notas altas, como uma música vinda de quem foi instruído por Deus quanto à letra, melodia e harmonia. Tem de haver ciência divina em nossas realizações (Sl 45.1)!

Essa música dizia respeito à vinha de Jesus, a Sua Igreja. O Mestre afirmou a Pedro que iria edificá-la: Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). A vinha do Senhor era especial, feita por Ele para mostrar à humanidade o quanto é amada. A Sua Igreja tem um papel fundamental no futuro das pessoas!

Isaías afirmou, 700 anos antes do nascimento de Jesus, que a vinha do Salvador teria uma missão santa e poderosa. A criação da Igreja foi planejada desde o princípio, sendo a nação de Israel encarregada de apresentar o amor de Deus ao mundo (Êx 19.5,6). Porém, os israelitas só desejavam ter bênçãos materiais e ficar isolados. A Igreja de Jesus é a Sua vinha (Mt 20.1-16).

Para o profeta, a vinha do Amado foi criada em um outeiro fértil, no plano espiritual de destaque. Lá, ela ficaria fora das ações do inimigo e teria condições de existir para cumprir o plano do Senhor. Esse local era o ideal para levar o conhecimento do Altíssimo ao povo. No entanto, ela não entendeu a sua missão. Os israelitas só pensavam em viver para si mesmos (Jr 16.12). Vigie!

O cântico de Isaías tem a ver com as pessoas que procuram exaltar o Senhor pela própria vida e pelo que Ele faz por elas. O louvor esperado por Deus jamais pode ser dedicado por quem é sábio nos acordes humanos, e sim nos do Espírito Santo. Nem mesmo os eruditos na arte da composição de músicas conseguem elaborar algo que seja aceito pelo Altíssimo, mas somente os que se submetem a Ele.

Todo o nosso louvor deve vir do Senhor na grande congregação. Sendo entoado pelos que têm o Espírito Santo, tal cântico fala mais alto aos corações do que as mais belas canções seculares, ainda que não tenha sido feita conforme a escola musical ensina. A música que vem de Deus agrada a Ele: Eu não recebo glória dos homens (Jo 5.41).

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares