Como servo responsável, o apóstolo Pedro não economizou unção na casa de Cornélio. Ele resumiu o ministério de Jesus e finalizou dizendo que o Senhor é o Juiz dos vivos e dos mortos. O mau servo, ao contrário, não dá às suas ovelhas a mensagem real que o Senhor lhe ordenou a pregar, mas, sim, algum paliativo. Ora, não se pode brincar com a salvação de ninguém, pois os que partirem sem terem se acertado com o Senhor não terão outra oportunidade.

Na volta do Mestre, os que estiverem vivos serão transformados e os mortos ressuscitarão; porém, todos comparecerão ante o Tribunal de Cristo. Se eu não transmitir o aviso divino e, por causa da minha omissão, alguém vier a se perder eternamente, o responsável por tal perda serei eu. Contudo, se eu entregar a mensagem e a pessoa recusá-la, do sangue dela estarei livre; se ela se acertar com o Senhor, eu terei cumprido a minha obrigação com cem por cento de acerto.

Temos de falar a Verdade para o povo, pregando o Evangelho em Sua totalidade, e não com segundas intenções. Não temos de agradar a audiência, mas, sim, Àquele que nos enviou para falar desse assunto de extrema importância. A Verdade é o único meio de levar às pessoas a libertação total e completa. Não podemos fazer dos nossos cultos reuniões políticas, encontros para levantar fundos, ou com outra finalidade. A casa do Senhor deve ser Casa de Oração (Lc 19.46).

O foco da mensagem de Pedro era a remissão de pecados. Segundo o apóstolo, todos os profetas falaram desse evento no qual os pecadores seriam libertos dos seus erros. Esse é o motivo de Deus enviar pessoas para nos ouvir. Erra muito quem muda o propósito da pregação do Evangelho. Não é bom frustrar o Altíssimo com alguma coisa que parece com a verdade. Quem leva uma pessoa a se arrepender e se acertar com Deus faz com que o Senhor fique alegre com ele.

É por meio do Nome de Jesus que a obra é feita, tanto no corpo para a cura como na alma para o perdão das ofensas. Quando o povo aprende que tem direito de usar esse Nome, e que nEle há o poder necessário para fazer a obra divina, as coisas passam a funcionar como o Senhor deseja. Então, os perdidos são salvos, os desviados são reconciliados, os doentes são curados, e a igreja prospera em todos os sentidos.

Pedro estava sendo tão usado pelo Senhor, e, enquanto falava, o Espírito Santo caiu dos Céus sobre todos os que o ouviam. Quando o Santo Espírito cai, milagres de todos os tipos são realizados. Para isso, é preciso estar sob a direção divina, como o apóstolo estava, para que a mão do Onipotente opere em nosso meio. Nenhum culto será vazio de poder se for o Senhor quem o dirigir. Quando pregarmos a mensagem, e o povo der crédito, o Espírito Santo cairá.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares