Isaías enxergou a redução da importância da Igreja às coisas ínfimas, tanto a do Antigo Testamento como a do Novo, edificada com o sangue de Jesus. É inacreditável, mas a liderança do Antigo Pacto não entendeu a declaração de Deus feita pela profecia do filho de Amoz. Além disso, os líderes cristãos, após a chamada Igreja primitiva até a atual, não reconhecem que a situação da Igreja não combina com o plano original do Senhor.
Ao se referir à filha de Sião, Jerusalém, Isaías fazia menção às duas igrejas. O profeta Ageu falou da glória da última casa, afirmando ser ela maior do que a da primeira (Ag 2.9), mas não é isso o que vemos. A Igreja edificada pelo Senhor não continuaria a obra iniciada por Ele? Pelo visto, ou Ele errou no projeto, algo impossível de ter acontecido, ou não entendemos ainda o significado de ser a casa do Deus vivo. Onde está, em nós, o poder demonstrado por Jesus para realizarmos as mesmas obras?
Isaías destaca a igreja de três modos simples. Quando a vinha era plantada, eles costumavam fazer uma cabana no meio dela, a fim de protegê-la de quem fosse pegar seu fruto – homens e animais que sugariam toda a produção. Ora, a igreja de hoje tem sido comparada a uma cabana na vinha, onde o vigia espanta os ladrões que tentam pegar parte da colheita. Certamente, o plano de Deus para Sua Igreja é que ela seja a agência do Seu Reino na Terra.
Da mesma forma, uma choupana erguida no pepinal tinha o propósito igual ao da cabana erguida na vinha. Mas onde está Aquele que é mesmo ontem, hoje e o será para sempre (Hb 13.8)? A casa de Deus tem sido tratada como a fazenda de alguns, a qual passa de pai para filho. Porque a minha casa será chamada Casa de Oração (Is 56.7b), de solução de problemas e regeneração do pecador em alguém santificado pelo sangue de Cristo.
Por fim, o profeta comparou Jerusalém a uma cidade sitiada, onde ninguém entra nem sai, a comida acaba, doenças e angústia surgem, tomando conta de seus moradores. Temos feito a vontade de Deus, ou fazemos da igreja apenas um lugar de acolhimento dos santos e ajuda mútua? Por que a autoridade outorgada a ela deixou de ser operada? Ora, esta palavra precisa acontecer: Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu (Mt 18.18).
A barraca de vigia não serve para vigiar mais nada nem impõe respeito ao inimigo. Da mesma forma, a guarita no pepinal também é inútil, porque ninguém que se dirige para lá muda de vida. Em alguns casos, ocorrem escândalos morais. A liderança da igreja tem consciência de que compareceremos ao tribunal de Cristo, para prestar contas do que fizemos no Corpo? Qual o motivo de sermos negligentes, se haverá uma pena há muito tempo anunciada?
Não podemos ter a Igreja reduzida a uma cidade sitiada. Devemos fazer valer nossa posição diante das obras do diabo; afinal, fomos batizados no Espírito Santo. Por isso, Jesus nos deu autoridade para destruir as obras de Satanás. Nunca aceite a redução da Igreja a uma barraca de vigia! Misericórdia!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Senhor Restaurador de vidas! Quanta tristeza! Quão longe estamos da posição dada pelo Salvador, pois fomos comparados a uma barraca na vinha. Não podemos ficar vigiando aqueles que vêm pegar o fruto da vinha, e sim agir como nos ordenaste.
O tempo é precioso. Não estamos na obra como profissão, para sustentarmos nossa família e cumprirmos nossos compromissos materiais. A nossa missão é a mais nobre de todas: usar o Teu poder, a fim de fazer as mesmas obras realizadas por Cristo.
Agir dessa maneira Te agrada e é o esperado de nós. Os Teus filhos estão em lágrimas diante de Ti, pedindo perdão por não Te obedecerem, Pai! A partir de agora, a Tua Igreja não pode deixar ninguém diminuir o valor dela!