Estêvão pagou com a vida o preço de falar a Verdade. O espírito da traição é uma das armas usadas pelo diabo para prejudicar, silenciar e tentar acabar com a obra de Deus. Em todos os ministérios, há registros de pessoas que se deixaram levar por esse demônio, candidatando-se ao suplício eterno. A inveja, a dor de não ter feito o que deveria e outros motivos não menos sujos levam muitos a desejarem ser o que Deus não planejou.

Enquanto Israel caminhava pelo deserto, Moisés enfrentou a sedição de Corá, Datã e Abirão, maiorais da congregação, contra ele e Arão. Eles estavam tão enganados pelo inimigo, que se juntaram contra quem Deus tinha levantado para liderar Seu povo, dizendo: Demais é já; pois que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do SENHOR? (Nm 16.3). Foi puro engano do diabo, e o final deles foi triste demais: foram engolidos vivos pela terra (Nm 16.33).

Outro episódio lamentável foi a revolta de Miriã, irmã de Moisés, a qual aproveitou do fato de este ter se casado com uma mulher cuxita para ocupar a posição dele. Arão, que estava com Moisés na liderança, sendo seu porta-voz (Êx 4.10-16), uniu-se à Miriã, a qual desculpava a sua ambição, condenando o casamento de Moisés. Por causa disso, ficou leprosa e teve de passar uma semana do lado de fora do arraial (Nm 12.10-14).

Um dos filhos de Davi deixou o conselho de Deus e procurou fazer justiça com as próprias mãos, matando seu meio-irmão que abusara de sua irmã. Depois mostrou o que havia dentro dele, revoltando-se contra o próprio pai, envergonhando-o publicamente e tomando-lhe o reino. Porém, ele encontrou um galho de árvore que o pendurou entre a terra e o céu (leia do capítulo 13 ao 18 de 2 Samuel). Pobre rapaz! Por que não aceitou a posição preparada por Deus?

Jeroboão parecia ser a solução de Israel, que enfraqueceu sob o reinado de Salomão. Por longo tempo, conspirou para tomar o reino e conseguiu isso nos dias de Roboão, o qual era tenro de mente. Porém, tão logo dividiu a nação, fez dois bezerros de ouro e ordenou que seus súditos o adorassem. Esse era seu tributo ao diabo por tê-lo usado para criar o reino do Norte, que, depois, foi dissolvido e levado em cativeiro e nunca mais voltou a existir (leia do capítulo 11 ao 13 de 1 Reis). Como ele ficará no Juízo?

Quem não vigiar será convencido pelo inimigo de que também tem a unção e, por isso, pode fazer a obra como quer. A Palavra de Deus diz que os que se separam agem para atingir seu próprio desejo, e não por causa de uma revelação do Senhor: Busca seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a verdadeira sabedoria (Pv 18.1). Quando o Altíssimo colocar Seus olhos de fogo no revoltoso e perguntar a razão de sua revolta, o que ele dirá?

O prejuízo causado pelos rebeldes à obra de Deus é muito grande. No Juízo, eles verão o que os aguarda. Jesus disse que era inevitável a vinda de escândalos, mas ai daquele que fizer desviar um só dos pequeninos que creem nEle (Mt 18.7). Qualquer sedição levará muitas vidas ao Inferno, e o responsável arcará com as consequências. 

Em Cristo com amor,

R. R. Soares