Quando os líderes religiosos entregaram Jesus aos romanos, a fim de ser morto, tal ato desnudou a verdadeira natureza do ministério deles. Durante séculos, devem ter ensinado que o Salvador viria, mas não agiram com sabedoria. Cristo morreu para nos libertar do mal e das mãos dos religiosos. Ao expirar, Jesus rasgou o véu do templo que separava as pessoas de Deus (Mc 15.38), e, em decorrência disso, hoje podemos entrar no Santo dos Santos (Hb 10.19-22).

Os profetas não se calaram, mas falaram desse dia com detalhes. Tudo o que Jesus faria e diria foi preparado pela Palavra do Criador (Jo 1.1-14). A obra foi a maior já vista no mundo: Deus tornou-Se homem, vindo ao mundo para morrer em nosso lugar, enfermando com as nossas moléstias, tornando-Se pecado com os nossos erros e separado do Pai para, sozinho, conquistar a nossa redenção (Is 53.3,4; Rm 8.3; 2 Co 5.21; Mc 15.34).

Sim, os cativos precisam ouvir a mensagem da liberdade; os doentes devem saber que o Filho de Deus Se enfermou com suas doenças, e os cegos espirituais têm de ver que as Escrituras lhes dão a mais perfeita visão da Verdade. Não temos de aceitar a mentira; para isso, devemos nos vestir da realidade espiritual. Jesus nos libertou de qualquer mal; agora, basta crer e pregar essa Palavra. Assim, os cativos do diabo serão livres.

O dia do sacrifício do Senhor já ocorreu. Qualquer oprimido será liberto se crer. A Bíblia diz: Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados (Is 53.4,5).

Os candidatos a chefiar a fé em suas regiões, operando como príncipes da sinagoga, perderam essa condição, porque foram desclassificados como sacerdotes do Senhor. Hoje, todo salvo é sacerdote de Deus e rei ao mesmo tempo (Ap 5.10). Depois da abertura do Santo dos Santos, os filhos de Deus receberam acesso direto ao Senhor. Não há mais necessidade de alguém interceder por nós. Que bênção!

Os filhos dos reis, obreiros que começavam na obra, achavam-se muito importantes, pois, tendo o pai como sacerdote, cresciam com o sentimento de que eram intocáveis e, por isso, não se preparavam para servir de acordo com o esperado pelo Onipotente. Agora, não há mais nada a fazer como filho do rei, mas como rei, ao aceitar Jesus como Salvador e dar a Ele o senhorio da sua vida. O Evangelho nos tira das trevas!

Por que os religiosos usam roupas extravagantes, como se fossem de outro mundo? O Novo Testamento apresenta o Rei dos reis como alguém humilde, preocupado com o povo e disposto a agir para todos serem servos de Deus. Jesus nos ensinou a agradar ao Pai, andando por toda parte para resgatar os oprimidos do diabo.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares