Há ocasiões em que, ao usarmos a fé, temos de clamar ao Senhor, para que o sofrimento em nossa alma tenha fim, pois já não aguentamos tanta pressão. Davi se encontrava em um desses momentos e resolveu abrir seu coração para ser consolado. A fé fará você sentir como agir, quando orar e o que dizer em oração. Deus gosta de ouvir a nossa voz, a voz das Suas ovelhas. Procure fazer conhecida a sua situação.
Davi estava determinado a ser escutado, pois precisava urgentemente da ajuda divina. Da mesma maneira, devemos estar prontos para pedir que a nossa súplica seja ouvida e atendida. Continuar sofrendo não é doutrina bíblica. Se temos de lançar sobre Deus a nossa ansiedade, doença da alma, podemos lançar as enfermidades físicas, financeiras familiares. “Ouve-nos, Senhor” tem de ser nosso pedido sempre.
O rei de Israel não queria orações sem resposta. Certamente, ele aprendeu isso com o Altíssimo. Veja, a oração sem base na vontade de Deus, a qual está clara na Bíblia, não deve ser feita. Orar por orar é brincar com o Todo-Poderoso. Antes de ressuscitar Lázaro, Jesus disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido (Jo 11.41b). Deus ouve quando oramos sob a direção dEle – com fé!
Antes de mandar o falecido irmão de Marta e Maria sair da sepultura – o que, de fato, ocorre –, o Mestre falou com o Pai celestial: Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste (Jo 11.42). Anteriormente, Ele dissera: “Eu faço aquilo que vejo o Pai realizar” (Jo 5.19). Desse mesmo modo devemos proceder.
O aperto de Davi era grande. Ele chegou a pedir ao Senhor que não Se calasse diante do seu pranto. Quando oramos e sentimos a presença divina, e as emoções vêm, podemos ter certeza de que obteremos a resposta. Havendo ou não lágrimas nos olhos, interessa-nos estar cientes de que cada palavra pronunciada trará a bênção. O importante é orarmos com fé em Jesus.
Somos filhos de Deus, mas, muitas vezes, achamos que somos estranhos para Ele. Esse sentimento nos atormenta, mas não deve nos fazer desistir do que pleiteamos. Temos o exemplo dos dois cegos que seguiram o Mestre, pedindo que tivesse misericórdia deles. Aparentemente, Ele sequer lhes deu atenção. Quando Cristo entrou em casa, eles se aproximaram, e Jesus os curou (Mt 9.27-30). Ele é bom, creia!
Davi se declarou um estranho para o Senhor, porque, até a vinda de Jesus, ninguém havia sido declarado filho de Deus. Depois da morte de Cristo, a bênção do novo nascimento veio para todo que O recebe como Salvador. Hoje, a nossa posição diante do Pai é a de filhos. Aleluia!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares