O mundo poderia ter perdido uma das suas maiores bênçãos ministeriais, se não fosse o amor de Barnabé. Tão logo ele ouviu falar que um ferrenho inimigo da Igreja havia deixado o caminho mau e se convertido a Cristo, empenhou-se em verificar tal fato. Ao confirmar a conversão genuína de Paulo, Barnabé tomou-o consigo e o levou aos apóstolos. Que Deus levante outros “Barnabés”! Assim, mais almas valorosas para o Reino serão resgatadas.
Sempre compensa buscar alguém que era mau, mas foi mudado por Jesus. Como Dirigente da obra, Deus sabe preparar obreiros para fazerem parte do Seu ministério. Prova disso foi quando o Mestre alcançou Levi, um publicano que servia ao Império Romano, recebendo impostos dos judeus. Apesar de odiado, Levi foi amado por Jesus e teve participação no seleto grupo de discípulos (Mc 2.13-15).
A coragem de Paulo surpreendeu as pessoas. Mesmo correndo risco de morrer, ele ia aos lugares mais perigosos daquele tempo, a fim de pregar a Verdade. Muitas vezes, foi açoitado com varas (2 Co 11.25), mas persistiu em mostrar Quem o salvara da perdição. Ele foi um grande apóstolo, mas temos muito a aprender com pessoas como Barnabé, que preferia ser servo do Senhor a ser o principal na obra. Como faltam missionários desse tipo conosco!
Imagine caminhar com Paulo, podendo fazer um grande trabalho, rivalizando com os apóstolos! Mas, dessa maneira, ele nada seria, porque a ideia que não nasce de Deus para nada presta. O fato é que Barnabé não pensou em ter o próprio ministério. Ele conduziu Paulo aos pais da Igreja e, em submissão, deixou que o entrevistassem e dissessem sim ou não. O Santo Espírito falaria aos seus corações.
Primeiro, ele se certificou de que Paulo havia se convertido mesmo, como um vaso escolhido para levar ao mundo a mensagem da salvação e à Igreja palavras que os discípulos não receberam quando Jesus estava na Terra, porque o Espírito ainda não havia descido. A apresentação foi dirigida pelo Senhor, pois logo deixaram o apóstolo dar ao povo o que havia recebido, revelando, pelas Escrituras, o verdadeiro Messias.
Barnabé ainda narrou como Jesus falara a Paulo e da resposta deste ao Salvador. Devemos sempre verificar os fatos antes de dar o nosso aval a alguém que surge pregando. Se ele for um embusteiro, dará muito prejuízo aos santos (1 Tm 5.22). Uma das garantias dada aos apóstolos foi que Cristo falara a Paulo, e, por isso, deveriam ouvi-lo e, caso fosse aprovado, deixá-lo iniciar seu ministério.
Esse piedoso homem contou ao grupo de discípulos que, em Damasco, logo após sua conversão, Paulo falou ousadamente em Nome de Jesus. É desse tipo de “empresário” que precisamos e também do tipo de servo que Paulo foi, sem medo de entregar as Boas-Novas. Aleluia!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares