O pão asmo (sem fermento) simboliza o alimento que Deus dá ao homem, a Sua Palavra, e foi usado com um propósito especial no Egito, a fim de que os hebreus deixassem aquele país rumo à Terra da Liberdade. Da mesma maneira, não devemos acrescentar mistura – pensamento filosófico – à pregação. Temos de ministrar o que o Senhor nos ensina e não o que queremos, pois esse tipo de fermento utilizado pelas pessoas é perigoso.
A receita de trigo e água teria de existir na Festa dos Pães Asmos, lembrando-os do dia em que o Altíssimo retirou o poder que guardava os filhos de Jacó e também abençoava os egípcios. Precisamos conservar a essência da Palavra e a revelação dada a nós, ao ouvirmos a pregação do Evangelho. Pôr fogo estranho no altar nunca foi permitido!
Naquele dia, o Altíssimo tirou do Egito os Seus anjos que protegiam Israel e, por extensão, também guardavam os egípcios, que, desde então, ficaram desamparados. O fato de os cristãos fazerem parte de alguma comunidade é de grande relevância para os demais habitantes de tal lugar, pois, ao nos proteger, o Senhor também ampara esses indivíduos de muitos males. Jesus declarou que somos o sal da terra (Mt 5.13)!
A maldade do rei egípcio para com os israelitas foi desmedida. Em outra época, Israel fora ao Egito por causa de José, que, com sabedoria divina, salvou aquele país da fome. No entanto, depois da morte do Faraó – que, por gratidão ao filho de Jacó, convidou toda a família herdeira da bênção a se mudar para lá –, os reis que o sucederam decidiram escravizar o povo de Deus. Então, veio a ira do Senhor sobre o Egito. Os hebreus só conseguiram sair de lá por causa da intervenção divina!
O decreto do Todo-Poderoso dizia que celebrassem essa festa por estatuto perpétuo. Eles a fariam lembrando-se da páscoa que comeram naquela terra. Veja, a Santa Ceia que ministramos hoje é feita em memória do que Jesus realizou na cruz por nós. Deus diz: Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados (1 Pe 2.24).
Ao sermos libertos do cativeiro espiritual, só poderemos comer o Pão divino, a Palavra do Senhor, tal qual nos é entregue nas Escrituras. Rejeitemos qualquer pão fermentado pelo homem – filosofias religiosas, políticas e humanistas. Temos o Pão sem fermento Jesus – com as vestes salpicadas de sangue: E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus (Ap 19.13).
Da próxima vez que participar da Santa Ceia, lembre-se de Cristo, que não Se envergonhou de nós, mas morreu para nos dar vida com abundância. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu, nele (Jo 6.56). Amém!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares