Parece incrível, mas nós damos armas o diabo, o valente, por meio de palavras, atos e pensamentos impuros. A partir de então, Satanás “guarda os nossos bens em segurança”. Entretanto, ao entendermos o valor do arrependimento, confessarmos os pecados e os deixarmos, tiramos a prerrogativa do maligno de reter os nossos “bens”: a alma, o corpo e espírito. Dessa maneira, ele não pode atuar contra nós!
O maior erro sempre segue o primeiro, que, às vezes, nem pensávamos em praticar. Em vez de orar e pedir o perdão divino, sentimos que tivemos coragem para pecar, mas não para confessar, pois, se o fizermos, estaremos nas mãos da pessoa contra quem erramos e, no máximo, confessamos a Deus e julgamos estar perdoados. No entanto, com o passar dos dias, o sentimento de culpa volta e mentimos ao declarar que não erramos.
O problema está em não obedecer à Palavra de Deus, a qual nos manda procurar o ofendido e nos acertar com ele (Mt 5.24); então, chega o dia em que somos entregues nas mãos dos espíritos atormentadores, e nossa vida se torna um inferno. Ora, quem teve a coragem de errar deve ter também de se acertar com aquele a quem defraudou, pois, de outro modo, não será perdoado nem liberto do valente a quem passou a servir ao pecar.
Ao saber do caminho traçado pelo Senhor para o homem se recuperar da vergonha de ser descoberto, quem cometeu delito, a exemplo de Acã, abre o solo da sua tenda e, em segredo, enterra a capa babilônica, a cunha de ouro e a prata que tomou para si (Js 7.20-26). Contudo, no Juízo, tudo o que foi encoberto virá à luz, e seu pecado o achará. Por que não se livrar dele agora? Ora, o mal cometido por você deu condições a Satanás para mantê-lo em cativeiro.
Após pecar e se recusar a se arrepender, você ou um familiar será atacado por um demônio com enfermidades ou outros males. Então, você clamará a Deus e, sem obter o resultado esperado, acusará um servo do Senhor de não libertar você. Como na salvação, quando você crê em Jesus e é salvo, e toda a sua casa é beneficiada, se não se arrepender das suas transgressões, você e a sua casa cairão nas mãos dos espíritos torturadores. Misericórdia!
É preciso desarmar o valente, como Jesus fez ao intervir na situação do jovem lunático (Mc 9.17-29). O Mestre levou o pai do rapaz a reconhecer sua falta de fé. Então, com lágrimas nos olhos, aquele homem rogou por misericórdia ao Salvador e, assim, houve a libertação desejada. Nesse caso, os discípulos não conseguiram libertá-lo, porque não tinham aprendido o valor do arrependimento na libertação.
Busque de Deus o porquê de o valente estar armado e, por isso, guardar em sujeição os seus bens. O erro faz você pertencer ao diabo, o qual não abrirá mão da sua vida e da sua família. Por outro lado, quem se arrepende e pede perdão alcança misericórdia e fica livre do maligno.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares