Abraão não recebeu o especial título de amigo de Deus à toa (Is 41.8). A prova pela qual o patriarca dos hebreus passou foi duríssima. Ele atestou ao Senhor que não mediria esforços para Lhe agradar. Nos dias de hoje, para termos essa mesma qualificação de amigo de Deus, precisamos somente seguir as orientações do Livro Sagrado. Então, se você deseja fazer como Abraão e demonstrar o seu amor pelo Senhor, obedeça à Palavra sempre.
A morte de Cristo em nosso lugar tirou o homem da opressão do maligno, libertando-o do cativeiro diabólico. O Seu sangue derramado no Calvário nos purificou, livrando-nos da imundície do pecado. Por causa desse martírio na cruz, nós nos tornamos Seus filhos, herdeiros do Pai e co-herdeiros com Jesus. Quão significativo isso é!
É fundamental compreendermos tamanho sacrifício. Sabendo o seu significado e as suas consequências, alcançaremos as bênçãos divinas, teremos condições de repreender o mal e nos livrar dos seus ataques. Entenda: quando a graça divina nos toca, os nossos pecados são perdoados, somos libertos do império da maldade e do sofrimento, e nascemos de novo. Nenhuma culpa recai mais sobre nós! Cristo a tomou para Si!
O coração de Abraão deve ter se partido ao escutar a pergunta do menino Isaque: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”. No entanto, aquele pai continuou firme na fé, não permitindo que sentimentos o dominassem. Afinal, ele conhecia o Deus em Quem confiava, por isso tinha certeza do agir do Senhor que tanto já fizera em seu favor. Temos de proceder dessa mesma maneira, fortalecendo-nos na fé e vendo o agir do Senhor.
Por sermos membros do Corpo de Cristo, não há quem nos aparte de Deus. Se a Cabeça desse Corpo venceu, de igual modo as partes também são vencedoras. Dessa maneira, jamais devemos desistir da caminhada da fé. Emoções podem tentar nos dominar, mas precisamos ter em mente o fato de que conhecemos o nosso Deus e sabemos que Ele nos concederá os meios para seguirmos em frente. Não recue, porque as promessas a seu respeito serão cumpridas!
Naquele dia, no monte Moriá, Abraão, provavelmente se debatendo com inúmeras emoções em seu interior, deixou a sua fé falar mais alto. “Eis-me aqui”, ele disse para seu filho. Ele não recuou diante da provação, da pergunta inocente do pequeno Isaque. O patriarca confiou no agir de Deus e foi amplamente abençoado. Que exemplo de homem de fé!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares