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Agosto Lilás: mês de combate à violência contra a mulher

Campanha busca a conscientização sobre a importância da denúncia para evitar tragédias

Por Alessandra Nunes, do Ongrace

Imagem: Unsplash

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Este é o segundo ano que a campanha Agosto Lilás, instituída pela Lei 14.448/2022, promove a conscientização sobre o combate à violência contra a mulher. A iniciativa foi criada em referência à sanção da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/2006), assinada no dia 7 de agosto de 2006.

Em 2023, um relatório da Rede de Observatórios de Segurança monitorou nove estados. Em oito deles − Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo − pelo menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica por dia. Ao todo, foram registrados 3.181 casos, representando um aumento de 22,04% em relação ao ano anterior. 

Cátia Dantas, presidente da ONG Atos e Atitudes – Imagem: Divulgação

De acordo com a presidente da ONG Atos e Atitudes, Cátia Dantas, esse número é subestimado em relação à realidade. Isso porque muitas mulheres não reconhecem a gravidade do que sofrem, enquanto outras têm medo de denunciar ou de não conseguir se sustentar sozinhas. “Uma grande dificuldade das mulheres em romper um relacionamento abusivo é o estado emocional que a violência lhes impõe, fragilizando-as e criando dependência em relação aos agressores, apesar do sofrimento. A vítima adoece, mas não sabe. Sua percepção da realidade se torna distorcida, e ela passa a se sentir impotente e sem forças para reagir”, revela. 

O ciclo da violência doméstica possui três fases: evolução da tensão, incidente da agressão e lua de mel. “Na primeira, ocorrem agressões verbais, constrangimentos, humilhações e xingamentos. Na segunda, há a agressão física. Na terceira, o agressor se diz arrependido, pede perdão e, na maioria das vezes, a vítima perdoa. Ele fica ‘bonzinho’ por um tempo e, depois, o ciclo recomeça”, expõe Dantas.

Pra. Thais Benevente, líder do Mulheres que Vencem – Imagem: Divulgação

A especialista explica ainda que existem cinco formas de violência praticadas contra a mulher: física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. “A física é qualquer conduta que agrida a integridade do corpo da mulher; a psicológica inclui atitudes que provoquem danos emocionais, inclusive a baixa autoestima; a sexual ocorre sob ameaças e constrange a mulher a presenciar ou manter relações sem consentimento; a moral abrange a ofensa à dignidade da mulher por meio de calúnias, difamações ou injúrias, como acusá-la de traição, expor a sua vida íntima ou desvalorizá-la pelo modo de se vestir; a patrimonial se refere a qualquer comportamento que configure retenção e destruição de documentos e objetos pessoais, subtração de bens, controle do dinheiro, privação de bens, entre outras condutas”, enumera Cátia Dantas.

A Pra. Thais Benevente, líder do Mulheres que Vencem (MqV), cita a passagem bíblica de 2 Timóteo 3.1-5. Ela salienta que a intercessão é importante, mas a proteção também: “Mulheres que sofrem violência doméstica devem procurar a ajuda das autoridades competentes, como a polícia. Elas podem continuar em oração, mas não necessariamente convivendo com o agressor. Esse afastamento é necessário para preservarem a própria vida, que é tão importante quanto à do outro, que necessita conhecer Jesus, ser liberto e salvo”, destaca.

Para Cátia Dantas, o amparo de pessoas próximas é fundamental nessa luta. “A violência doméstica só é quebrada com a denúncia. A vítima precisará de informação, ajuda psicológica e alguém que possa caminhar com ela nessa jornada – uma amiga ou um familiar. Essa mulher terá altos e baixos: um dia estará muito decidida a romper e, em outros, inclinada a desistir de reagir. Se não houver apoio, ela não conseguirá ir adiante”, finaliza a presidente da ONG Atos e Atitudes. 

A denúncia de violência contra a mulher pode ser realizada em delegacias e órgãos especializados, onde a vítima encontrará apoio e proteção. Outra alternativa é acionar o número 180. Além de operar 24 horas por dia e ser gratuito e sigiloso, esse canal oferece esclarecimentos sobre os tipos de violência sofridas pelas mulheres.

Fonte consultada: Agência Brasil

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