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Testemunhos de fé e restauração
13/11/2024Livro Sagrado foi entregue ao serviço de capelães militares da Ucrânia
Por Marcia Pinheiro, do Ongrace
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Tropas ucranianas descobriram uma edição de 1908 da Bíblia em Donetsk Oblast, perto do assentamento de Siversk. O Livro Sagrado estava escondido dentro das paredes de uma casa que havia sido destruída durante ataques russos.
O Exército ucraniano observou que o livro antigo foi descoberto em 2023 por soldados do Quarto Batalhão Linear da Brigada Presidencial das Forças Armadas da Ucrânia. Os militares presumiram que os últimos donos da casa talvez não soubessem da existência da relíquia.
O livro foi entregue ao serviço de capelães militares da Ucrânia e, se os donos da Bíblia não forem encontrados, ela será transferida para um museu.
Cristãos na Ucrânia
De acordo com informações da agência Portas Abertas, de monitoramento aos cristãos perseguidos em todo o mundo, em áreas da Ucrânia controladas pelos russos, a Igreja Ortodoxa Russa tem uma posição preferencial e todos as outras denominações estão sob restrições. Na Ucrânia, a disputa entre as duas igrejas ortodoxas rivais tem levado a tensões: a Igreja Ortodoxa Autocéfala Ucraniana cortou laços com a Igreja Ortodoxa Russa em maio de 2022, em protesto à invasão da Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
No início de 2024, defensores da liberdade religiosa alertaram sobre a crescente perseguição aos cristãos na Ucrânia, com relatos de tortura e destruição de igrejas pelas forças russas. Richard Land, ex-presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa, liderou uma iniciativa para chamar a atenção dos líderes republicanos para essa situação. Em uma carta ao presidente da Câmara dos Estados Unidos, Mike Johnson, ele e outros defensores destacaram abusos contra cristãos, como a remoção forçada de pastores e a erradicação das igrejas batistas em Melitopol.
Steven Moore, fundador do Ukraine Freedom Project, também denunciou a gravidade da perseguição, com relatos de cristãos ucranianos torturados e forçados a sofrer humilhações. Ele citou o caso de Victor, um ex-pastor torturado em 2014, e a destruição de igrejas como a Igreja Cristã de Melitopol e a Igreja Batista Grace. Moore alertou que a falta de divulgação dessas atrocidades deve-se ao controle rigoroso de informações pelas forças russas na região ocupada.
Embora algumas críticas sobre a resposta da Ucrânia à repressão religiosa tenham surgido, Moore e outros defensores ressaltam que a maior ameaça vem da Rússia, onde evangélicos estão enfrentando perseguição severa.
