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ONG aponta embasamento científico para novo currículo
Por Marcia Pinheiro, do Ongrace
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Em novembro, o Conselho Escolar do Texas, nos Estados Unidos, aprovou, por oito votos a sete, o Projeto de Lei que inclui lições com inspirações bíblicas, como o sermão da montanha e a parábola do filho pródigo, no currículo escolar. Após reacender debates sobre a separação entre Igreja e Estado, o novo programa será aplicado a turmas do jardim de infância ao quinto ano a partir de 2025.
Apesar de haver referências a outras religiões em algumas aulas, críticos apontam que o foco é desproporcionalmente favorável ao cristianismo. O sindicato de educadores do Texas chegou a declarar que o material compromete a liberdade acadêmica. No entanto, a Agência de Educação defendeu a qualidade do currículo e seu embasamento científico.
Grupos de pais conservadores comemoraram o resultado da votação. “Uma vitória como essa é importante para pais e alunos em nosso estado. Muitos texanos reclamam sobre o currículo woke imposto nas escolas”, relatou um responsável à organização Valores Texanos.
A ONG se declarou orgulhosa por ter sido capaz de colaborar, por meio de pesquisa, testemunho, relacionamentos e mídia, para a implantação do novo currículo. A organização aproveitou para agradecer o envolvimento dos pais e prometeu dar mais detalhes, em breve, sobre o processo de votação no qual progressistas fizeram oposição ao novo conteúdo escolar com inserções de passagens bíblicas.
Bíblia na escola
O uso pedagógico da Bíblia pode ser uma poderosa ferramenta educacional, não apenas para o ensino religioso, mas também como fonte de reflexão ética, histórica e literária. Ao explorar as narrativas, parábolas e os ensinamentos bíblicos, os educadores podem promover o desenvolvimento moral e social dos alunos, incentivando valores como empatia, justiça, respeito ao próximo e busca pela paz. Além disso, a obra oferece uma rica base para o estudo da linguagem, da literatura e das tradições culturais, permitindo aos alunos analisar e compreender diferentes contextos históricos e sociais. Portanto, quando utilizado de modo inclusivo e respeitoso, esse suporte pode enriquecer a formação integral dos estudantes, contribuindo para a construção de um pensamento crítico e consciente.
No Brasil, essa prática já é permitida em algumas cidades e estados, de acordo com a legislação e com a adesão de instituições de ensino. Em Manaus, por exemplo, a lei permite o uso das Escrituras como recurso paradidático nas escolas públicas e particulares da capital. A participação é opcional, e a lei garante a liberdade de opção religiosa e filosófica de cada estudante.
